Embora Jair Bolsonaro defenda fortemente a flexibilização do isolamento social sob o argumento de que os mais pobres precisam retomar seus trabalhos, pesquisa realizada pelo Instituto Travessia na grande São Paulo mostrou que justamente essa camada da população é quem mais defende a permanência em casa neste momento. A principal justificativa é o medo de não conseguir atendimento nos hospitais públicos e ver familiares sendo vítimas da doença. O auxílio emergencial garantido pelo governo pode ter ajudado nesta avaliação porque aliviou, de certa forma, dificuldades econômicas.
Vale lembrar. O estado de São Paulo é hoje o epicentro da covid-19 no Brasil. Até ontem, foram registrados 853 óbitos pela doença. No Brasil, são 1.924 mortes no total. Nas cidades com poucos casos, a pressão pela liberação das atividades é crescente.
Olho na conta. A pesquisa identificou que nas classes mais altas a preocupação maior é com os impactos econômicos causados pela pandemia. Isso se dá porque essas pessoas acreditam ter informações suficientes para enfrentar a doença e confiam no acesso e no tratamento dos hospitais particulares.
Detalhes. Das mil pessoas ouvidas pelo instituto, 62% de quem recebe até dois salários mínimos declararam ser a favor do isolamento total. Já 52% das pessoas que ganham mais de dez salários mínimos defendem um isolamento parcial com a retomada de algumas atividades econômicas.
William Pontes diz
Obvio, os ricos que vivem em suas redomas, que estão privados de suas festas, de seus restaurantes caros e de suas viagens e badalados é que desejam que o povo que o serve vá para o suicídi. O.pobre tem como bem essencial a vida, apenas.