O governador Paulo Câmara recebeu, na tarde desta sexta-feira (10.05), a visita de gestores da empresa espanhola Aena, que a partir de 2020 irá administrar o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. Durante a reunião, no Palácio do Campo das Princesas, os diretores da Aena, líder mundial no controle de aeroportos, anunciaram que o Aeroporto do Recife funcionará como base para as outras operações do bloco Nordeste, gerido pela empresa. O bloco é composto também pelos aeroportos de Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB).
“A Aena foi muito transparente na prioridade que deu a esse investimento. Por ter um potencial maior, Recife funcionará como âncora desse pacote. Na verdade, será o grande catalisador, pois tudo vai girar em torno daqui. Com isso, terminará movimentando o nosso aeroporto até mais do que se tivéssemos feito sozinhos. Estamos muito confiantes de que vai dar tudo certo, muito esperançosos das potencialidades. Acredito que será um investimento que vai dar, realmente, uma condição de o aeroporto cumprir suas obrigações diante dos avanços da aviação”, afirmou o governador.
Paulo Câmara destacou que a empresa espanhola tem, inicialmente, previsão de 36 meses de investimento, mas já existem outras ideias para melhorias do aeroporto do Recife além desse aporte. “São planos, por exemplo, de ampliação do aeroporto. Eles afirmaram que voltarão para me apresentar esses projetos futuros, as etapas a serem cumpridas e, evidentemente, o Governo de Pernambuco está à disposição para ajudar no que for. É do nosso interesse que a movimentação de passageiros continue a crescer em Pernambuco como cresceu nos últimos anos”, pontuou o governador, relembrando que o Estado assumiu a liderança na movimentação de passageiros no Nordeste.
O diretor de filiais da Aena, Rodrigo Marabini Ruiz, comentou a boa impressão que teve do aeroporto do Recife após a visita realizada hoje, e reiterou que a empresa espanhola pretende melhorar os procedimentos como ações de “primeiro efeito”. “O nosso primeiro desafio será a transição de gestão entre a Infraero e a Aena. Queremos que essa transmissão ocorra sem nenhum problema. Depois, vamos nos ater aos primeiros investimentos, que estão definidos na base do contrato, como melhorias na sinalização e nos banheiros do aeroporto”, detalhou.
Assim como Ruiz, Santiago Yus Sáenz de Cenzano, futuro CEO da Sociedad Concesionaria de los Aeropuertos del Nordeste de Brasil, reforçou a qualidade do aeroporto do Recife. “Conversamos com alguns trabalhadores da Infraero e tivemos boas impressões. Mas, primeiro, estamos trabalhando para que tudo ocorra bem durante a transição para, depois, pensarmos no futuro”, disse. Também presente à reunião, o embaixador da Espanha no Brasil, Fernando García Casas, afirmou que ele e os gestores estavam “entusiasmados” com o futuro do Nordeste a partir dessa concessão. “O Nordeste foi o único bloco de leilão a que concorremos. Estamos muito confiantes. Até porque também teremos a presença de outras empresas espanholas em Pernambuco, como a Solatio, e isso é muito importante para nós”, acrescentou.
AENA – Responsável pela gestão da rede de aeroportos da Espanha, gerindo 46 aeroportos e 2 heliportos no país, a Aena também administra aeroportos no Reino Unido, na Jamaica, na Colômbia e no México, totalizando 71 operações. No último dia 15 de março, a empresa arrematou o bloco Nordeste no leilão de aeroportos, oferecendo R$ 1,9 bilhão pela concessão.
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