Paulo Galvão, do PSDB, foi eleito prefeito da Ilha de Itamaracá em uma disputa acirrada nas eleições de 2024, obtendo 47,32% dos votos e superando o atual prefeito Paulo Batista, do Republicanos, que teve 42,80%. Com uma vantagem de 655 votos, Galvão consolida-se como o novo líder do município para os próximos quatro anos. Esse pleito reforçou a força política de Paulo Galvão, que recebeu o apoio importante do senador Fernando Dueire, impulsionando sua campanha e assegurando a vitória já no primeiro turno.
A campanha de Galvão foi marcada por uma proposta de renovação, em oposição à gestão de Paulo Batista, e contou com a colaboração de uma coligação formada por partidos como PSDB, Cidadania, MDB, União e AGIR. Além disso, a presença de Ailton Aguiar, de 38 anos, como vice-prefeito, trouxe um equilíbrio geracional à chapa. A diferença de 4,52% dos votos foi significativa em um pleito que também contou com uma abstenção de 18,75%, destacando o engajamento dos eleitores locais.
Paulo Galvão, de 77 anos, é aposentado e, embora tenha tido uma carreira política modesta até então, mostrou resiliência e experiência em sua trajetória. A Ilha de Itamaracá, com sua rica história cultural e importância turística, terá agora a liderança de um político comprometido com o futuro do município, em grande parte motivado pela influência do senador Dueire, que desempenhou papel fundamental em angariar apoios estratégicos para sua vitória.
Por Dalila Barreto.
Marcos diz
A educação é o pilar essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade, sendo resultado do esforço coletivo de toda a comunidade. Quando falamos em políticas públicas, especialmente as educacionais, é fundamental reconhecermos que elas não devem ser associadas a um partido político ou a um gestor público específico. O verdadeiro legado de uma política pública deve pertencer à sociedade como um todo, pois ela é concebida e implementada para atender às necessidades e anseios coletivos.
Infelizmente, em momentos recentes, temos observado o desmonte de políticas públicas fundamentais para a educação em Pernambuco, com especial atenção ao Ensino Médio. A mudança de nomes em programas e políticas pode, por vezes, fazer parte do jogo político, mas a destruição, desvalorização e negligência dessas políticas não deveria jamais ser uma estratégia. Em uma situação ideal, a política pública não só deveria ser preservada como também aprimorada, fortalecendo os avanços e ajustando os pontos de melhoria, sem perder de vista o seu propósito original de atender à população.
O ensino médio de Pernambuco, por exemplo, É REFERÊNCIA NO BRASIL devido aos investimentos anteriores, com o objetivo de proporcionar uma educação de qualidade que prepare os jovens para os desafios do futuro. Desmantelar essa estrutura, seja por interesses políticos ou por falta de compreensão de sua relevância, é comprometer o futuro de milhares de estudantes e, em última instância, de toda a sociedade pernambucana.
Trabalhando no gabinete do Secretário de Educação por esses meses e ouvindo em alguns momentos falas dele, percebi que a principal preocupação dele é, GRATIFICAÇÃO, e, no caso para as coleguinhas que o acompanhou aqui em Pernambuco. É, também, apagar todo o trabalho, toda a história da educação, construída na gestão anterior que acompanhei tão de perto. Comparando com o governo anterior vejo que estamos perdidos, é preocupante a desconexão que pode existir entre OS ATUAIS RESPONSÁVEIS por gerir a educação e as políticas públicas locais. A escolha de um secretário de educação que não possui vínculo ou compreensão das especificidades do contexto pernambucano é uma decisão que levanta questionamentos. Qual o comprometimento de um gestor “estrangeiro” com as necessidades reais da nossa comunidade? Como ele poderia garantir a continuidade de uma política pública que se mostrou bem-sucedida e alinhada aos anseios da sociedade? É crucial que o gestor público tenha sensibilidade e conhecimento das demandas locais, garantindo que o legado educacional construído com tanto esforço seja preservado e aperfeiçoado.
O debate sobre políticas públicas educacionais deve ser feito com base na sua relevância social e no impacto que elas têm para o futuro do nosso estado, não na agenda política de um partido ou governo. A educação é o alicerce do progresso, e seu desmonte representa um retrocesso incalculável para as futuras gerações.
Que as políticas públicas de Pernambuco, especialmente as voltadas à educação, sejam vistas e fortalecidas como um patrimônio coletivo, um legado da sociedade e não de um político ou de uma gestão passageira.