O deputado Pastor Cleiton Collins (PP) foi à tribuna, na Reunião Plenária desta quinta (31), repudiar a exposição coletiva “Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidade”, em cartaz no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. Na avaliação do parlamentar, a mostra “fere os princípios da ética, da moralidade e da família”.
“Entre as criações expostas, há caricaturas e distorções nitidamente ofensivas às religiões cristãs, com desrespeito a objetos de culto e a personagens reverenciados”, definiu, descrevendo fotos de alguns trabalhos expostos, nos quais imagens da Bíblia, de Jesus e de santos católicos coexistem com as de órgãos sexuais. “Estão dizendo que é uma exposição cultural, mas não é isso que queremos ver na cultura brasileira”, acrescentou.
De acordo com o site da universidade, a mostra “conta histórias reais e ficcionais a partir de poéticas que buscam sentir os feminismos, os discursos queer, o corpo e as relações de poder, a produção pós-pornô e os marcadores sociais da diferença”. A indicação etária, de 14 anos, também preocupa o parlamentar.
“Precisamos ter limites e proteger nossos adolescentes. A liberdade de expressão deve ser respeitada ao máximo, mas ela não pode ser usada como escudo para se fazer o que bem entende, ferindo outros direitos básicos”, sustentou, solicitando à Mesa Diretora que envie ofícios à UFPE, pedindo esclarecimentos, e ao Ministério Público, solicitando providências.
O discurso ganhou o apoio dos deputados Adalto Santos (PSB), Henrique Queiroz (PR) e Zé Maurício (PP), que se manifestaram em apartes. “Vamos unir as forças desta Casa e do Governo do Estado, acionar o Ministério Público e pedir que essa exposição seja encerrada”, propôs Santos. “Isso demonstra que alguns grupos usam o nome da cultura para fazer ofensas”, acrescentou Queiroz. “Liberdade não pode ser confundida com libertinagem”, concluiu Zé Maurício.
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