Recife (PE) – O presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Antônio Moraes, fez um breve balanço da campanha de filiação que o partido deflagrou nacionalmente em agosto deste ano e resumiu: o PSDB está se estruturando fortemente no Estado.
Com isso, acredita o dirigente que o partido reunirá condições de disputar, em 2016, as principais prefeituras pernambucanas, incluindo a do Recife. Observa, entretanto, que as alianças do PSDB com os demais partidos da base do governo de Paulo Câmara (PSB) serão avaliadas considerando as questões locais.
“Eu tenho colocado com muita clareza o seguinte: qualquer partido só cresce se disputar eleições majoritárias. Há uma determinação da executiva nacional para que em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes o PSDB tenha candidatura própria a prefeito. O que pondero, e claro que essa não será uma regra que se aplicará em 100% das cidades, é que em algumas a gente terá que fazer composição com o PMDB, com o PSB, ou qualquer outro partido em função das questões locais. O que vai prevalecer é o que será melhor para o PSDB”, observou.
O presidente do PSDB-PE recebeu do senador Aécio Neves, dirigente nacional da legenda, a tarefa de dar a palavra final nas conversas que vêm ocorrendo na construção do caminho que o partido irá percorrer nas eleições do próximo ano. Segundo Moraes, o PSDB-PE está estruturado hoje em 150 dos 184 municípios pernambucanos, incluindo diretórios e comissões provisórias. Em pelo menos 50 cidades o partido deve reunir condições de disputar a eleição com candidato próprio e em muitas com quadros competitivos.
“A gente tem sido muito procurado. Eu falo sempre da dificuldade que era ser deputado do PSDB em Pernambuco ou em qualquer outro estado do Nordeste quando Lula e Dilma eram verdadeiros deuses, benfeitores do povo, paladinos da moral e da ética. Naquela época o PSDB era satanizado. Depois a gente viu quem era amigo dos ricos, quem ganhou dinheiro com eles. Recebi recentemente quatro pesquisas feitas no interior onde a rejeição à presidente Dilma varia de 88% a 90% em municípios pequenos e de médio porte. Comparando com consultas feitas no ano passado observamos que houve uma inversão dos números: antes, esses percentuais eram de aprovação. Houve uma mudança muito grande”.