Em entrevista ao programa CBN Total, com Aldo Vilela, nesta quarta-feira (27), o senador Armando Monteiro (PTB) defendeu que a candidatura de Geraldo Julio (PSB), com o apoio dos partidos da base do governo Eduardo Campos, não representará uma ruptura da Frente Popular.
Para o líder trabalhista, a tese da candidatura alternativa, defendida por ele desde o início das discussões sobre a sucessão no Recife, se consolidou com o ambiente de falta de unidade interna dentro do PT. “O que nós assistimos ao longo deste tempo parece um Teatro do Absurdo, tamanho os desencontros e a dissensão que existiu dentro das fileiras do próprio partido”, afirmou.
Ao justificar o apoio do PTB a Geraldo Júlio, Armando destacou que o pré-candidato do PSB tem as qualidades de um administrador competente, “que foi um dos responsáveis pela implantação do novo modelo de gestão exitoso no Estado”. O senador não deixou de reconhecer, contudo, o papel do PT e do senador Humberto Costa nos avanços que a Frente Popular construiu em Pernambuco.
Presidente estadual do PTB, ele informou que o partido trabalha com a perspectiva de ter 60 candidatos a prefeito em todas as microrregiões do Estado e citou municípios estratégicos como Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe, Gravatá, Goiana, Arcoverde, Itamaracá e Igarassu. Adiantando querer estar presente em todos os municípios, incluindo aqueles em que o PTB apóia candidatos de outros partidos da Frente, Armando também previu que a legenda espera eleger 250 vereadores.
Ainda sobre o Recife, o senador negou que tenha tratado com o governador Eduardo Campos sobre a presença do PTB na vice de Geraldo Julio. “Não houve, nos entendimentos que tive com o governador sobre esta nossa aliança no Recife, nenhuma conversa, nenhum entendimento, nenhuma tratativa sobre esta questão de vice”. O trabalhista, porém, esclareceu que se houvesse um convite, o partido tem quadros a oferecer. “Mas nós não estamos reivindicando”, frisou.
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