A candidata Miriam Lacerda (DEM) ganhou na Justiça Eleitoral direito de resposta de 8 inserções de 30 segundos pela acusação de que teria contratado um comediante para falar mal de Caruaru. Ao mesmo tempo, a decisão do juiz Pierre Souto Maior puniu o candidato José Queiroz, da Coligação Caruaru com a Força do Brasil, com 51 segundos de supressão, em seu guia eleitoral, por ter invadido o programa dos vereadores para fazer propaganda majoritária.
A entrevista de Daniel Coelho a Rádio Jornal.
O candidato do PSDB a prefeito do Recife Daniel Coelho concedeu entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira. Confira alguns pontos da entrevista do tucano.
Sobre a estratégia de campanha e a avaliação do atual processo.
“A gente está vendo as coisas acontecerem como planejado. Nós esperávamos que com o início dos debates, do guia eleitoral, ficasse evidente que a nossa candidatura estava representando mudança e renovação e que cada vez mais fosse percebido que as candidaturas do PSB e do PT são continuidades do atual governo e do atual modelo de governar do próprio João da Costa. Com isto nós iríamos ter um crescimento, o que está acontecendo. A nossa ideia é de que o debate seja aprofundado. Nós vamos continuar fazendo questionamentos no campo político, sem nenhum tipo de agressão – até porque nossos adversários não são as pessoas, e sim a maneira de fazer política, essa coisa do caciquismo, do coronelismo, de querer indicar o prefeito. Esse sim é o nosso adversário. Dentro do campo político vamos continuar questionando e apresentando nossas propostas, sem querer trazer números fáceis, sem querer trazer a promessa fácil, acho que a ideia agora é de que essas propostas sejam em cima de princípios.”
Sobre Geraldo Julio ser o foco principal nesse momento.
“Não, não tem foco principal nele. A gente tem aí duas candidaturas que representam continuidade do governo: as candidaturas de Humberto e de Geraldo. O foco é contra as velhas práticas, é contra o abuso de poder econômico, é contra a utilização de dinheiro, é contra essa questão da indicação. Geraldo, como candidato, como pessoa, a gente não tem absolutamente nada contra ele. Agora o fato de quererem coloca-lo simplesmente por indicação, porque alguém está pedindo, isso sim a gente vai continuar questionando. É a questão política de sua indicação, quando esse é, na verdade, o grande problema do atual prefeito João da Costa. As dificuldades do Recife se dão porque ele foi indicado, há quatro anos. Ele não foi eleito por um debate realizado entre eles e seus adversários e sim por uma indicação de Lula, de Eduardo e de João Paulo. E a gente não pode deixar que isso se repita na cidade do Recife.”
Sobre caciques e a posição de Sérgio Guerra na vida política de Daniel Coelho
“Sérgio tem sido, em primeiro lugar, muito correto com esse processo de renovação do PSDB. No primeiro ponto por ter dado apoio onde cabe, dentro de sua função de presidente nacional do partido, nos dando toda liberdade pra fazer a condução da campanha, pra fazer o nosso programa de governo, as nossas propostas. Ou seja, ele está dando a confiança não só a mim, mas a toda uma nova geração que está fazendo esse PSDB do Recife. Eu acho que é difícil alguém com a experiência dele, com a liderança nacional, ter a sensibilidade de perceber que esse é o momento de passar o bastão para uma nova geração e deixar que ela faça a condução do partido aqui no município. Então, eu acho que ele tem uma importância, principalmente por essa sensibilidade em perceber que a gente pode fazer a condução desse processo no PSDB do Recife.”
Sobre o fato de Daniel Coelho ser “muito PV” para estar no PSDB
“Eu tenho um compromisso com as causas ambientais e vai permanecer, isso independente da filiação partidária. Até porque eu acho que nós estamos com mais compromisso ambiental dentro do PSDB do que o próprio PV tem hoje. Eu costumo brincar que nós do PSDB estamos usando verde e o PV está usando amarelo. Então, eu não vejo nenhum problema em relação a isso e o PSDB está abraçando nossas ideias e isso é importante. O PSDB nos deu condição, por exemplo, de questionar no ano passado a questão das usinas nucleares. O governo queria fazer uma usina nuclear em Itacuruba e foi dentro do PSDB que nós pudemos fazer esse questionamento. O que a gente tem hoje é realmente uma sintonia muito grande em trazer essa pauta ambiental para dentro do PSDB.”
Sobre a presença de nomes nacionais do PSDB no Recife, para a campanha
“Eventualmente eles podem vir e qualquer apoio, qualquer vinda é importante. Mas isso não é a campanha, isso é uma deturpação do processo político achar que alguém tem que vir de São Paulo pra cá pra fazer com que as pessoas votem no candidato a prefeito. Candidato a prefeito tem que ser votado pelas suas propostas, pela sua capacidade de liderança, pelo que ele tá apresentando à cidade e pelo que representa a candidatura no plano local. Essa é uma eleição local. A deturpação é Lula vir pra cá querer interferir no processo, é Eduardo querer interferir no processo. Apoio é importante, a gente não teve nenhum problema. Colocamos Fernando Henrique sexta-feira no nosso guia, ou seja, nós temos partido, temos uma sintonia com o partido, mas não é uma indicação. O partido não tá indicando Daniel. Quem tem que indicar Daniel pra prefeito é o povo. Como quem tem que indicar os outros candidatos, a indicação tem que vir da população. Essa indicação de cima pra baixo, essa coisa de eleger porque fulano de cima tá mandando, isso é que é um processo equivocado e a gente não quer repetir dentro do PSDB. Então, se tiver a presença de alguém, é como mais um apoiador, mais de alguém que tá acreditando nessa nossa candidatura. Mas de forma alguma como algo que vem lá de cima para indicar aqui na cidade.”
Sobre críticas a Geraldo Julio e a forma dele fazer a campanha, se ele está “aprendendo com Daniel”
“Não, ele não tá aprendendo, seria muita arrogância minha dizer que ele tá aprendendo conosco a fazer campanha. Agora, posso dizer que a gente tá com a felicidade de estar pautando, sim, as suas ações. Nós temos falado nessas questões ambientais, em ciclovias, em calçadas há muito tempo. Ele iniciou sua campanha tentando trazer seu discurso pra esse plano ambiental. Quando a gente começou a mostrar o Recife real, o Recife que eles não mostram na propaganda do governo, eles sentiram a necessidade de também mostrar em seu guia essas ações. Então eu acho que é importante, saber que tá pautando uma candidatura tão poderosa, com tantos recursos, é sinal de que estamos no caminho certo. A gente vai continuar trazendo, inclusive, novas pautas e novos assunto e eu espero que eles continuem nos seguindo.”
Sobre críticas à saúde e a hospitais como o Getúlio Vargas e o HR
“Nós não vamos mostrar hospitais estaduais. A gente sabe que tem muito problema dentro da rede estadual de saúde, mas a eleição é municipal. A gente diz que ela não deve ser nacionalizada ou estadualizada, nós não vamos fazer isso também. Eventualmente pode haver alguma crítica ao governo do Estado, mas a gente não vai pautar no nosso guia as deficiências do governo do Estado. O que a gente tem que questionar na saúde é o sistema de gestão completamente desconectado. Não adianta abrir novo hospital se ele não funciona, se não tem um médico, se a consulta não é marcada corretamente. Por isso que nosso plano de governo, em relação à saúde, está bem mais direcionado a um sistema de gestão do que simplesmente à promessa de construção de novos hospitais. Até porque, na prática, essa coisa de sair prometendo muito, começa a se distanciar da realidade. Quatro anos atrás, João da Costa prometeu a construção de dez policlínicas. Tá agora concluindo apenas a primeira. Então não é um número que vai fazer com que a gestão melhore. O que a gente precisa é de uma gestão informatizada. Quando o cidadão vai na prefeitura com seu documento, rapidamente aparece no computador quanto ele deve de IPTU. Mas se ele vai no posto de saúde e apresenta o documento, ele não existe, ninguém sabe se ele já ficou doente, se foi atendido. Então esse problema de gestão é o mais grave, porque não envolve recursos. É uma questão de iniciativa e por isso nós estamos tentando dar um formato mais moderno na forma como se administra a saúde da cidade para conseguir resultados sem necessariamente estar falando em mais dinheiro ou mais recursos.”
Sobre críticas ao PT e o PSB e o fato de o PSDB também ter governado o país
“O PSDB já faz algum tempo que comandou o país e eu não tenho essa visão partidarizada dos fatos. Eu procuro observar o que aconteceu no Brasil, no Recife, em Pernambuco, da forma mais isenta possível. Eu sei que é difícil, mas acho que não tem ninguém, nem dentro do próprio PT, que não vá reconhecer que no período em que o PSDB governou o Brasil, que foi bom, por exemplo, o fim da inflação. O Plano Real foi um avanço para o país, foi uma conquista daquele governo no período do PSDB. Como também eu não sou cego nem louco para achar que o Bolsa Família não foi bom para o Brasil, que não tirou muitas famílias da miséria. Então eu acho que tanto PSDB quanto PT vão ter seus erros e vão ter seus acertos. Eu não tenho nenhuma pretensão de esconder o que foi errado no governo do PSDB, nem muito menos deixar de reconhecer no que foi que o governo do PT acertou. Eu acho que a gente tem que fazer a política colocando que o que é certo vai ser sempre certo e o que é errado vai ser sempre errado. Nós estamos fazendo um processo de renovação no Recife, nós estamos apresentando uma candidatura nova, com novas propostas, com novas ideias e, acima de tudo, queremos fazer uma política sem essa politização dos recursos públicos. Nós temos hoje uma máquina inchada, elevaram de 3 mil para quase sete mil os cargos comissionados. Com os terceirizados, com toda estrutura governamental, são mais de 35 mil funcionários na prefeitura do Recife. A maioria, à serviço de partidos e de políticos e não do povo. Então a gente quer inverter essa lógica, quer fazer uma gestão mais ágil, mais eficiente, então isso está sendo construído acredito que com todos os que estão participando dessa campanha conosco.”
Sobre uso do mensalão e do discurso da ética na campanha
“A ética é obrigação, ela não pode ser considerada virtude de nenhum candidato. A gente não quer partir pra uma linha agressiva, não é do interesse trazer esses assuntos. Primeiro eu acho que a gente não deve nacionalizar a eleição. A corrupção é nacional, é local, é em todo canto. A corrupção existe. Mas a gente não quer fazer essa nacionalização, como também nós queremos ter respeito aos candidatos que estão ai disputando. Eu costumo dizer isso e já disse, inclusive, numa pergunta inicial, o adversário não é Humberto, não é Geraldo, não são as pessoas. São as práticas políticas, as propostas que eles estão apresentando. Nós não vamos partir pra esse campo agressivo. A questão do mensalão está sendo amplamente divulgada pela mídia, vocês estão dando toda divulgação, toda informação para a população e a população vai avaliar. Mas isso não vai ser linha do nosso debate em nenhum momento porque eu acho que isso não tem a ver com a vida do Recife. As pessoas vão avaliar e vão ver os partidos que estão envolvidos e vão julgar se eles tão merecendo confiança ou não.”
Sobre o fato do prefeito, após eleito, andar pelo centro do Recife
“Uma vez por semana é até pouco. E não só no centro, tem que andar nos bairros, tem que estar presente, tem que conversar com a população, o prefeito tem que ter proximidade com a vida da cidade. Ele tem que estar andando nas comunidades carentes porque a gente não pode estar distante da realidade, distante do povo. A gente sente hoje uma falta de cuidado com o Recife. O prefeito é uma espécie de síndico, ele é um dono de casa, ele tem que tá olhando a calçada quebrada, a iluminação que apagou, esses detalhes são extremamente importantes e isso dá um impacto extremamente positivo à cidade quando ela está sendo bem cuidada.”
Sobre um enxugamento da máquina
“A ideia é a gente ter uma máquina voltada para os interesses da população. Nós queremos profissionais na prefeitura. Nas escolas, professores, enfermeiros nos postos de saúde, nós queremos garis, engenheiros, arquitetos… O que a gente não quer é gente a serviço da política, isso é que tem que acabar. Então nós precisamos fazer uma modificação nessa utilização dos funcionários públicos. Precisamos melhorar a remuneração do funcionário efetivo, do funcionário de carreira, esse tem que ganhar bem, não o comissionado. Cargos de chefia ocupados sempre por função gratificada, por funcionários concursados, então o que a gente quer é diminuir… O enxugamento da máquina não seria a palavra correta, a palavra correta seria fazer uma melhor utilização da máquina. Ela tem que ser usada a serviço do povo e não a serviço do prefeito e seu partido.”
PT acusa Lavareda e diz que ele faz campanha para o PSB.
Por Ricardo Antunes
O marqueteiro e publicitário Antonio Lavareda está sendo acusado de ser o principal operador das novas denúncias envolvendo o candidato do PT, Humberto Costa, que o ligam a uma suposta máfia de sangue no Ministério da Saúde. Foi Lavareda quem fez a campanha de desconstrução do petista no guia eleitoral de Mendonça Filho com a chamada “máfia dos vampiros”. Em 2006, Mendonça era candidato ao governo com o apoio de Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Lavareda comandava com “mão de ferro” toda estratégia de comunicação do PFL.
Na epóca, o atual senador liderava todas as pesquisas mas depois de ser acusado fortemente na propaganda eleitoral foi ultrapassado e derrotado por Eduardo Campos (PSB) que foi ao segundo turno, no lugar do candidato do PT e terminou por ganhar as eleições. Humberto foi absolvido das acusações somente em 2010 mas credita a Lavareda, a campanha de desconstrução de sua imagem. “Foi uma baixaria”, disse na ocasião.
Procurado pelo Leitura Critica ele negou que esteja por trás da nova onda de denúncias contra o senador petista. “Não faço mais campanha aqui no Recife”, desconversou negando ainda sua proximidade com os socialistas .O comando da campanha do PT, no entanto, não tem mais qualquer dúvida de que o polêmico marqueteiro está por trás do episódio. “Ele foi contratado para fazer o jogo sujo de Eduardo”, diz um coordenador do candidato lembrando as inúmeras notas nos jornais locais de que o publicitário estaria fazendo “consultoria” para a campanha de Gerado Júlio. Além disso, os petistas garantem que no bojo do apoio do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao Governo Eduardo Campos (PSB) foi negociada a ida do publicitário para o chamado “ núcleo duro” da campanha do socialista.
Lavareda , no entanto, estaria trabalhando apenas nos bastidores, já que a rejeição ao seu nome também seria forte entre os partidários do próprio governador. Muito deles não esquecem até hoje a onda de ataques a honra e a família do ex-governador Miguel Arraes comandados pelo marqueteiro em campanha anteriores, através do “Escândalo dos Precatórios”, que por muito tempo maculou a imagem do “mito” e também do próprio Eduardo Campos. “Ele é mesmo expert nesse quesito”, comentou um publicitário que já trabalhou em campanha eleitorais da MCI – empresa do também sociólgo que fez fortuna nos governos de Jarbas Vasconcelos.
Contra o marqueteiro, pesa ainda a excelente relação que ele tem com o atual prefeito João da Costa, que envolve ainda, um contrato milionário para sua agencia de publicidade que presta serviços a PCR. O prefeito é inimigo pessoal de Humberto desde que teve seu nome rifado da sucessão municipal. “Não existe qualquer dúvida. Ele está por trás de tudo”, resumiu o mesmo interlocutor que tem voz ativa na campanha do senador.
Eduardo lança edital da primeira etapa da Adutora do Agreste.
O governador Eduardo Campos lançou, nesta segunda-feira (03/09), o edital de licitação para realização da primeira etapa da Adutora do Agreste. O valor é de R$ 1,2 bilhão, oriundo do Ministério da Integração Nacional. O evento aconteceu no salão de eventos da Sede Provisória do Governo, no Centro de Convenções, com a presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
Empresas de todo o Brasil podem participar do processo de licitação dessa primeira etapa. A vencedora será indicada até dezembro deste ano, com início das obras para janeiro de 2013. “Essa é uma obra que vai dar sustentabilidade de água até 2035 ao Agreste. A primeira etapa beneficiará 17 municípios. Estamos fazendo todo o sistema da adutora e do tratamento da água para a distribuição”, disse o governador Eduardo Campos, explicando a importância da ação:
“São cidades que vivem uma situação muito difícil, a falta de água segurou o crescimento de muitas delas ou fez muitas retrocederem. Vimos isso acontecer em muitos municípios. É uma obra que o Brasil e Pernambuco deve ao talentoso povo do Agreste pernambucano, que diante das mais diversas adversidades inventou formas de sobreviver”, ressaltou Eduardo.
A primeira etapa da Adutora do Agreste será dividida em quatro lotes, o primeiro, no valor de R$ 764 milhões, terá 111 km de adutoras, beneficiando Pesqueira, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Caetano e Caruaru. O segundo lote terá investimentos de R$ 161 milhões para construir 118 km de adutoras e chegar a mais cinco cidades: Arcoverde, Alagoinha, Venturosa, Pedra e Buíque.
Já a terceira etapa está orçada em R$ 155 milhões, serão 99 km de adutoras e quatro municípios contemplados: Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati. A quarta e última etapa receberá R$ 145 milhões, serão 62,9 km de adutoras ligando Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. “Essa é maior obra que a Compesa já fez. Representa mais de quatro vezes a de Pirapama”, afirmou o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
Ao todo, o projeto prevê investimentos de R$ 2,3 bilhões, levando água para 68 municípios e 80 distritos. São 1.300 km de adutoras levando 4 mil litros de água por segundo para 68 municípios e 80 distritos do Agreste, beneficiando mais de 2 milhões de pessoas. O único município do Sertão contemplado no projeto é o de Arcoverde. “Essa parceria significa o maior convênio já celebrado na história do Ministério da Integração”, frisou o ministro da Integração Fernando Bezerra Coelho.
Representando a região, o prefeito de Palmerina, Eudson Catão comparou Eduardo com o avô, o ex-governador Miguel Arraes. “O que Arraes fez na eletrificação, o governador está fazendo com a água, pois ele trabalha cuidando dos interesses dos pernambucanos. Em nome de todos os municípios da região, agradeço ao Governo”, disse Catão.
Impunidade preocupa na reforma do Código Penal.
Durante mais de uma hora, o senador Armando Monteiro teve nesta segunda-feira (03) uma reunião de trabalho no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre a reforma do Código Penal. Armando é o único pernambucano a integrar a comissão especial, criada no Senado para atualizar o código.
Assim como fez durante audiência na OAB/PE, o encontro no MPPE serviu para que o procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, e um grupo de promotores designados para acompanhar a reformulação do Código Penal, pudessem apresentar propostas de emendas e de ajustes na legislação.
A maior preocupação revelada pelo grupo de trabalho do Ministério Público é com a impunidade, sobretudo em função de deficiências no Código e nos processos penais. “O Brasil tem oportunidade de atualizar a legislação, cujo arcabouço remonta a 1940”, lembrou o senador.
“O Brasil era um sociedade fechada, eminentemente rural. Nas últimas décadas nos urbanizamos, consolidamos a nossa democracia. E tudo nos coloca a necessidade de promover atualizações”, ressaltou Armando Monteiro, destacando a importância das contribuições que poderá ter do MPPE na modernização do Código.
Drogas – Durante a audiência no MPPE, o procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, e os promotores Carlos Eduardo Seabra e Paulo Augusto Oliveira, apresentaram a Armando Monteiro os projetos “Pernambuco contra o crack” e “Perímetro de Segurança Escolar”, por meio dos quais o Ministério Público se engaja de maneira mais ativa no combate ao crack e na prevenção ao consumo de drogas entre os jovens.
O MP solicitou o apoio do senador nas articulações em Brasília e em Pernambuco para superar os problemas orçamentários e viabilizar os projetos, buscando garantir contribuições, por exemplo, dos ministérios e orgãos federais. “Nós precisamos aproximar cada vez mais o Ministério Público da sociedade”, disse Aguinaldo Fenelon.
Ildefonso arrasta 2 mil pessoas em São Caetano.
Neste domingo, 2, o candidato a prefeito de São Caetano, Ildefonso Rodrigues (PV), realizou a primeira carreata da sua campanha e levou uma multidão às ruas da cidade. Passando pelos principais bairros, a carreata arrastou mais de 500 veículos e 2 mil pessoas.
Durante o percurso, Ildefonso e seus candidatos a vereador, Júnior da Saúde, Antônio Campina e Geraldo da Toytoa, receberam o carinho e apoio da população, demonstrando que o povo quer construir uma nova São Caetano.
Ao final, foi realizado um grande comício, onde todos puderam ouvir as propostas para mudar São Caetano. De acordo com Ildefonso, a presença do povo nas ruas é a forma mais democrática de demonstrar a vontade de mudança. “Fico muito feliz em ver que o povo quer a mudança, o novo, construir uma nova São Caetano. Nosso grupo quer e pode realizar esta mudança e precisa do apoio de vocês, como vocês estão fazendo agora.”
Miriam faz carreata histórica em Caruaru.
Um domingo que vai marcar para sempre a história política de Caruaru. O mês de setembro teve início com a maior carreata da história de nossa cidade, comandada pela candidata à prefeitura de Caruaru, Miriam Lacerda (DEM). A mobilização teve início às 14h, na avenida Agamenon Magalhães e terminou por volta das 21h. Mas, às 22h, a militância ainda ocupava a principal avenida da cidade e Miriam estava lá, abraçando a população e atendendo a inúmeros pedidos de fotos.
“Fizemos a maior carreata da história de Caruaru, com o apoio maior, que é o do povo de Caruaru”, declarou, emocionada, a prefeiturável. Também participaram do grande ato o candidato a vice, Diogo Cantarelli, o deputado estadual Tony Gel e o federal Augusto Coutinho, além de praticamente todos os candidatos a vereador da Coligação Caruaru em Boas Mãos. “Não se sabe, ao certo, quantos veículos participaram da carreata. Foi um número incalculável”, citou Tonynho Rodrigues, coordenador geral da campanha.
A caminhada percorreu 26 km, durante cinco horas. Em cada bairro por onde passou, Miriam encontrou nas calçadas uma população animada que fazia questão de deixar suas casas e acenar com bandeiras amarelas ou simplesmente com um aceno de mão. Da Agamenon Magalhães, a carreata fez o seguinte trajeto: Salgado, Riachão, Cedro, Rendeiras, Indianópolis, Santa Rosa, Vassoural, Petrópolis, São Francisco, Caiucá, Vila Keneddy, Boa Vista I e II, Divinópolis e Maurício de Nassau. Após a carreata, não se comentava outro assunto nas ruas. Pelas redes sociais, as pessoas também declaravam que esta foi, sem dúvidas, a maior carreata da política caruaruense.
Ibope mostra dianteira de Geraldo.
A Folha de Pernambuco em parceria com a Rede Globo divulgará nesta segunda-feira os números da nova rodada da pesquisa sobre a sucessão no Recife.
Quem me acompanha no Twitter sabe que coloquei uma estimativa do que achava sobre esta pesquisa. Meu palpite foi de Geraldo 32%, Humberto 25%, Daniel 15%, Mendonça 8%. Por pouco não acertei completamente.
Os números foram: Geraldo 33%, Humberto 25%, Daniel 15%, Mendonça 8%.
Em relação ao levantamento anterior, Geraldo cresceu 17 pontos, bem como Daniel cresceu 5. Já Humberto caiu 7 pontos e Mendonça reduziu pela metade as suas intenções de voto.
Nos votos válidos, Geraldo Júlio teria 39%, seguido de Humberto com 30%, Daniel 18% e Mendonça 10%. Demais candidatos teriam 3%. A Margem de Erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A eleição mostra uma queda vertiginosa de Mendonça Filho, bem como uma queda considerável de Humberto Costa, além do crescimento respeitável de Daniel Coelho e o consistente crescimento de Geraldo Júlio.
A eleição está entre ser definida no primeiro turno pelo socialista ou de ter um segundo entre ele e o tucano Daniel Coelho. Vamos aguardar as próximas pesquisas.
O desperdício de Humberto Costa.
O candidato Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, apareceu nas páginas da IstoÉ como responsável pela perda de 13,7 mil litros de plasma sanguíneo juntamente com o ex-ministro José Gomes Temporão e o atual Alexandre Padilha. O prejuízo está calculado em US$ 1,6 milhão. O que dá um prejuízo aproximado de R$ 3 milhões.
Não posso julgar o candidato do PT pela operação dos Sanguessugas ou Máfia dos Vampiros, porque isso aí ele foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal. Não vou dizer que isso foi má fé do candidato petista.
Mas uma coisa a gente tem que dizer: Isso é no mínimo incompetência.
Se um ministro é incapaz de gerenciar a distribuição de plasma sanguíneo que contribui para a salvação de vidas, como ele será capaz de gerenciar uma prefeitura com um orçamento de R$ 5 bilhões, com uma série de problemas como educação, saúde, drogas, segurança pública, mobilidade urbana, etc.?
Sinceramente não dá para confiar em alguém que se não é desonesto nem corrupto, é pelo menos omisso e incompetente.
Todos nós sabemos que a passagem de Humberto Costa pelo Ministério da Saúde foi um fiasco. Tanto é que saiu de lá, não por desincompatibilização para disputar o governo de Pernambuco em 2006, mas sim por suspeitas de irregularidades e críticas ao seu trabalho.
O governador Eduardo Campos, quando ministro da Ciência e Tecnologia, conseguiu fazer muito mais e dar notoriedade ao seu trabalho com as pesquisas com as células-tronco, mesmo sendo seu ministério bem menos robusto que o de Humberto Costa.
É bem verdade que o candidato começa a atribuir a denúncia ao golpismo da imprensa que quer ‘prejudicar’ a sua candidatura. Mas não seria ele que agiu com desleixo?
Quem não quer ser criticado, não dá motivos pra isso.
Humberto já deu inúmeras provas de incapacidade gerencial para exercer qualquer cargo executivo.
Continue no Senado, Humberto. Lá você consegue fazer um trabalho mais produtivo.
Recife pode ter mais vereadoras nesta eleição.

A Câmara Municipal do Recife, em toda sua história, teve poucas vereadoras. Edis do sexo feminino são artigo raro, não só nas Câmaras Municipais Brasil afora como nas Assembleias Legislativas. Na Câmara Federal e no Senado elas ainda são minoria.
A cidade do Recife já mandou para a Casa José Mariano as ex-vereadoras Edna Costa, Fátima Bahia, Geralda Farias e Luciana Azevedo. Na atual legislatura são quatro representantes do sexo feminino, são elas: Priscila Krause, Aline Mariano, Marília Arraes e Vera Lopes.
Todas são candidatas à reeleição e todas têm grandes chances de renovarem seus respectivos mandatos. Devem se juntar às atuais as candidatas Isabella de Roldão (PDT), Irmã Aimee (PSB), Michelle Collins e Marcela Campos, ambas do PP.
Na pior das hipóteses, das oito candidatas, incluindo as detentoras de mandato, pelo menos sete devem alcançar o cargo, o que vai aumentar dos atuais 10% da Casa para 20%.
Isso é um grande avanço, por considerar que o sexo feminino se sobrepõe ao masculino em termos de população, mas em representatividade na política ainda é um número bem reduzido, mesmo o país tendo uma presidenta comandando os nossos rumos, e que até pouco tempo, a mulher sequer tinha direito a votar, imagina disputar cargos públicos.