Por Arthur Virgílio*
Lisboa – Em 13 meses de governo, a Presidente Dilma Rousseff se viu forçada a demitir sete Ministros, que a imprensa solidamente acusava de corrupção. E perdeu Nelson Jobim, da Defesa, que discordou abertamente da orientação do governo.
Como se fosse pouco, tem feito o impossível para segurar dois outros, que viraram fantasmas: Fernando Bezerra, da Integração, para não se chocar com Eduardo Campos, governador de Pernambuco, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, pela amizade que nutre por ele. Ou seja, não demite um porque teme enfrentar um governador poderoso e não demite outro, porque o considera uma espécie de “afilhado”.
Como se fosse tudo, dos 28 Ministros restantes, se a Presidente quisesse fazer justiça ao mérito, demitiria certamente mais da metade: inoperantes, invisíveis, inexpressivos, desconhecidos. Indago: será que algum brasileiro, incluindo a própria Dilma, sabe dizer, num fôlego só, sem gaguejar, os nomes de toda essa gente? Duvido muito!
Como se ainda não bastasse, a Presidente demite a Ministra das mulheres, cujo nome sinceramente desconheço, e indica, em substituição, a professora Eleonora Menicucci, sua antiga companheira de prisão. A referida senhora, em sua primeira entrevista, afirmou ser favorável à descriminalização do aborto que, hoje, somente é permitido, por lei, em caso de estupro ou de risco de vida para a mãe. [Ler mais …]