A presidente Dilma Rousseff esteve na segunda e na terça-feira para entregar 480 unidades habitacionais aos moradores do entorno da Via Mangue.
Projeto iniciado por João Paulo, quem colheu os louros foi o prefeito João da Costa. O ex-aliado do prefeito sequer estava aqui em Recife para saudar a presidente. Um grande equívoco para quem ainda nutre a esperança de ser o candidato a prefeito pelo PT e a Frente Popular.
Líder isolado em todas as pesquisas de opinião, todos nós sabemos que João Paulo seria pule de dez nesta eleição de outubro. Mas o deputado nem tem respaldo da presidente, nem do ex-presidente, nem do governador e nem do PT.
Todos o veem como uma ameaça e não como um aliado. Isso é muito ruim pra quem tem projetos políticos.
Voltando ao tema João da Costa, fica mais do que claro que ele será mesmo o candidato de Lula, Dilma e Eduardo para as eleições de outubro. Pesa a favor dele o apoio de uma presidente com 93% de aprovação, um governador com 94% e um ex-presidente que é quase uma unanimidade em Pernambuco.
Além do mais, o prefeito terá ao seu favor três máquinas administrativas para a disputa. Como se não bastasse isso, ainda terá o maior tempo de televisão, recursos financeiros abundantes, etc.
Apenas quem é ingênuo minimiza esses fatores no que diz respeito a uma eleição.
Se João da Costa não tem a avaliação ideal para uma disputa, a oposição também não assusta. Ainda sem uma estratégia definida, sem haver uma unidade de fato, a oposição continua perdida feito cego em tiroteio.
Imagine o que é você ser candidato a prefeito e ter 500 candidatos a vereador lhe apoiando? É bem considerável, não?
Mudar um candidato com direito a disputar reeleição é dar um total tiro no pé. Seria dizer para o povo do Recife que o projeto da Frente Popular está equivocado e que merece de fato mudar.
Acho muito difícil que João da Costa não seja o candidato. E vou mais além, apesar dos pesares, ele tem grandes chances de liquidar a fatura no primeiro turno, desde que não haja nenhum tsunami durante a campanha.
Mantidas as condições normais de temperatura e pressão da eleição para a eleição de outubro, o petista já pode encomendar a beca da posse.
No caso de João Paulo, este morreu. Virou um cadáver político. Não será ministro, nem governador, nem prefeito nem nada. Tem que se contentar em ser deputado federal e pronto.