A Frente Popular e a sucessão no Recife.
O senador Armando Monteiro tem sido um dos maiores entusiastas da tese de múltiplas candidaturas da Frente Popular para disputar a prefeitura do Recife esse ano. A decisão seria um verdadeiro equívoco visando as eleições. Qual seria o discurso de um campo político que decidiu se fragmentar para tentar se manter no poder? Sobretudo diante de um direito, legítimo diga-se de passagem, do prefeito de tentar a reeleição. Índices negativos nas pesquisas não significa que o prefeito João da Costa estaria inelegível, sobretudo quando observamos o cenário em que o atual prefeito sendo candidato pelo PT lidera as pesquisas com 18% de intenções de votos, tendo 35% dos votos válidos se as eleições fossem hoje. Impulsionado pela força do PT, da Frente Popular e da máquina pública, o prefeito teria plenas condições de reverter o quadro e liquidar a fatura no primeiro turno. Com elevados recursos, campanha bem organizada, apoio político e elevado tempo de televisão, João da Costa segue como favorito. É provável que as chances do prefeito passem pela vitória no primeiro turno, se ocorrer um segundo, dificilmente conquistará a reeleição, mas é um risco que a Frente Popular tem de correr se quiser continuar na prefeitura e chegar unida em 2014. A tese de múltiplas candidaturas é incoerente com o apoio dos recifenses ao projeto do grupo político dominante no estado e facilita a possibilidade de implosão do grupo de sustentação do governador Eduardo Campos e da presidente Dilma Rousseff. [Ler mais …]