Anunciada pelo governo estadual desde o final de 2011, a sonhada Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Petrolina está se tornando um verdadeiro pesadelo para a população de Petrolina. Orçada em R$ 16 milhões e prometida para ser entregue pelo secretário de Saúde, Antônio Figueira, em setembro de 2012, a unidade seria do modelo UPA E (Especialidades), com urgência 24 horas em clínica médica e odontologia, além de 22 consultas especializadas. Está, no entanto, com as obras praticamente paradas e sem previsão de entrega para os moradores.
Antes das eleições municipais do ano passado, a construção da UPA se deu em velocidade recorde, sendo sua estrutura rapidamente levantada, sem, contudo, estar pronta no prazo prometido. Após a disputa municipal, quando o prefeito Julio Lóssio foi reeleito, derrotando o candidato do governo, Fernando Filho, as obras foram praticamente abandonadas – situação que permanece até hoje.
Na tribuna da Assembleia Legislativa, o líder da oposição Daniel Coelho (PSDB) questionou não apenas o atraso na entrega da UPA, bem como quais seria as razões – se financeiras ou políticas.
“A oposição tem ficado até repetitiva por conta do canteiro de obras paradas que é Pernambuco. Do ano passado para cá estão claras as dificuldades financeiras de Pernambuco. Agora, a UPA de Petrolina, durante a campanha para prefeito do ano passado, estava no guia do candidato do governo, como promessa de que seria inaugurada. Passada a eleição, com a vitória do candidato de oposição ao governo, a obra que funcionava de domingo a domingo está praticamente parada”, criticou Daniel, que completou: “A sensação que fica é que a promessa de inauguração da UPA estava ligada ao resultado da eleição”.
Em aparte, a deputada Terezinha Nunes lembrou que “são muitas as obras paradas do governo”. “A oposição já mostrou isso, como por exemplo no caso das escolas técnicas que não foram entregues. Existem ainda muitas outras UPAs no interior, prometidas e também não entregues. É preciso saber, afinal, quem é o responsável pelo atraso das obras em Pernambuco: se o governo do Estado, que está em dificuldades financeiras, ou se o governo federal, que não libera verbas”, destacou Terezinha.