Armando Monteiro e seus desafios para unificar o PT
O senador Armando Monteiro recebeu o indicativo do apoio formal do Partido dos Trabalhadores para disputar o governo de Pernambuco em outubro. Com isso houve a confirmação que o deputado João Paulo será candidato ao Senado. Dividido desde que João da Costa assumiu a prefeitura do Recife em 2009 e rompeu com o padrinho João Paulo, o PT amargou uma acachapante derrota na disputa de 2012 pela PCR, ficando em terceiro lugar com uma chapa composta pelos seus maiores líderes, o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo, entregando de bandeja a prefeitura da capital ao PSB. Os ânimos nunca mais se acalmaram e o instinto de sobrevivência prevaleceu mais ou menos na decisão que indicou o apoio a Armando. O PT não tinha condições internas para lançar um nome próprio. Armando, líder nas pesquisas, queria ser o candidato de Dilma em Pernambuco. Juntou a fome com a vontade de comer. Por uma questão de sobrevivência das duas partes, o PT e o PTB tentarão desbancar o PSB do governo, vale salientar que os partidos ocuparam até recentemente cargos nas gestões socialistas da PCR e do governo de Pernambuco, o que torna o discurso de mudança complexo, pra piorar Eduardo Campos sai do governo com 80% de aprovação. O que mostra que o eleitor não vislumbra uma perspectiva de mudança no estado, mas sim de continuidade. Tarefa complicada para Armando Monteiro e João Paulo.
PP – O deputado Eduardo da Fonte deve mesmo integrar a coligação que sustentará as candidaturas de Armando Monteiro a governador e João Paulo a senador, o PP provavelmente indicará o nome da vereadora Michelle Collins para vice-governadora porque ela não arrisca mandato.
João da Costa – Candidato a deputado federal, o ex-prefeito do Recife montou uma rede de apoios que pode lhe levar a um mandato em Brasília. É tido como nome certo entre os dois federais que o PT elegerá.
João Paulo – O deputado João Paulo recebeu uma garantia do governo federal que em caso de derrota para o Senado e Dilma seja reeleita assumirá o comando de uma empresa pública de porte.
Tony Gel – Com a decisão de Jarbas Vasconcelos em disputar um mandato de deputado federal, Tony Gel arquivou o projeto de tentar ir pra Brasília e buscará a reeleição pelo PMDB no chapão da Frente Popular.
Clássico – O deputado Betinho Gomes (PSDB) e o presidente da Jucepe Lula Cabral (PSB) travarão mais um embate na disputa para deputado estadual no Cabo. Cotados para disputar um mandato federal, preferiram ficar na Casa Joaquim Nabuco visando 2016.
PDT– Dificilmente o PDT integrará a coligação que sustentará Armando Monteiro, pois Guilherme Uchoa, presidente da Alepe, Wolney Queiroz, deputado federal e Zé Queiroz, prefeito de Caruaru e presidente estadual da sigla, são eduardistas de carteirinha. Só se houver um complexo processo de intervenção do diretório nacional, mas o desgaste será grande.