A autonomia do Banco Central
A candidata do PSB Marina Silva apresentou em seu programa de governo uma proposta arrojada e polêmica. Trata-se da autonomia do Banco Central para poder comandar a política econômica brasileira sem a pressão do ministro da Fazenda e do presidente da República. Essa proposta já existe em países como Estados Unidos, Alemanha, México e Japão.
Todos nós sabemos que a economia está diretamente ligada ao sucesso ou ao fracasso de um determinado governo. Isso se dá porque quanto mais as pessoas se sentem confiantes na economia, mais bem-estar elas sentirão. Obviamente quando a economia vai mal, a população se sente mal.
Pelo fato da economia pautar a política como um todo, os governantes têm por característica pressionar o Banco Central a respeito da Selic quando a inflação está alta ou quando o crescimento está baixo. As pressões do governo acabam dando teor político a decisões que naturalmente precisariam ser técnicas.
No âmbito do atual governo, a política econômica tem segurado preços de itens importantes de consumo como energia elétrica, combustíveis, telefonia, etc. Isso mais cedo ou mais tarde vai precisar se readequar à realidade do mercado.
Enquanto existirem eleições municipais e presidenciais e o presidente do BC estiver subordinado ao presidente da República, as maquiagens financeiras existirão e a fatura será postergada sabe Deus até quando e as custas de quê será colocada em prática.
Apesar de polêmica, a proposta do PSB pode dar uma nova dinâmica à condução da economia brasileira. Para efeito de comparação, o Banco Central de acordo com a proposta de Marina, ganharia autonomia na política econômica idêntica à autonomia que o Ministério Público tem de investigar crimes e desvios de conduta.
Hoje o presidente da República pode demitir o presidente do BC ao seu bel-prazer. Na proposta do PSB, a diretoria do BC, após ser indicada pelo presidente da República, será submetida a uma aprovação no Congresso Nacional, a partir deste trâmite a nova diretoria tem mandato distinto do presidente da República, tal como ocorre com o Procurador Geral da República. Isso faria com que a imprevisibilidade e as ingerências políticas saíssem de cena da condução da política fiscal e monetária do país.
De fato é um tema complexo, mas não pode ser olhado apenas sob o prisma do terrorismo eleitoral que o PT quis implantar na sua propaganda. É importante que seja discutido e ao que parece, tende a ser extremamente mais honesto e eficaz para com o povo brasileiro se for adotado esse novo sistema para que a economia do país alcance novos patamares de desenvolvimento.
Armando Monteiro – O senador Armando Monteiro convocou coletiva para ontem gerando grande expectativa. Quando falou foi sobre as isenções fiscais dadas pelo governo a Bandeirantes Pneus, suposta proprietária do jatinho de Eduardo Campos. Um fato exaustivamente falado na mídia nacional. Não houve fato novo. Ou seja, a montanha pariu um rato.
Elias Gomes – O prefeito Elias Gomes foi o primeiro a homenagear Eduardo Campos com uma UPA municipal em seu nome. Depois de Elias, João Fernando Coutinho denomina o complexo portuário do Recife de governador Eduardo Campos.
Paulo Rubem – Candidato a vice-governador, o deputado Paulo Rubem esqueceu que só conseguiu se eleger deputado na eleição passada graças ao PSB. Agora ele é um verdadeiro algoz do partido de Eduardo Campos. A política muda as pessoas.
Influenciando – Por falar em Paulo Rubem. Um político que estava disposto a votar em Armando desistiu por conta da presença do deputado pedetista na chapa. De acordo com esse mesmo político, Rubem é um desagregador contumaz e só faz prejudicar Armando influenciando-o a tomar decisões equivocadas e precipitadas.
RÁPIDAS
Antônio Lavareda – De acordo com informações de bastidores, o sociólogo Antônio Lavareda pode ser alvo de denúncias de uma revista de grande circulação no país. Estão vasculhando toda a sua vida pregressa.
Datafolha – É esperada para hoje a divulgação da nova rodada de pesquisas do Datafolha para governador e senador. Além do instituto paulista, virão IPMN e Ipespe, que serão divulgados no Jornal do Commercio e no Diário de Pernambuco, respectivamente.
Inocente quer saber – Armando Monteiro perdeu sua credibilidade ao não trazer fato novo na coletiva de imprensa?