O meio político pernambucano e nacional já deve ter uma certeza sobre o ministro Fernando Bezerra Coelho: ele será candidato a governador de Pernambuco nas eleições do ano que vem. Porém, dentro do PSB ele enfrenta inúmeras dificuldades para viabilizar esta candidatura considerando que o governador Eduardo Campos se tivesse de optar por ele já teria dados sinais disso.
Animal político, FBC já foi praticamente tudo que um homem público poderia ser: prefeito da sua cidade, secretário estadual, deputado estadual, deputado federal e hoje ocupa o cargo de ministro da Integração Nacional, porém, falta-lhe um posto que ele cobiça desde os tempos de PDS: Chefiar o Palácio do Campo das Princesas.
Foi por isso que ele abdicou de dois anos como prefeito de Petrolina para tornar-se secretário de Desenvolvimento Econômico de Eduardo Campos, assumiu a presidência do Santa Cruz Futebol Clube em 2009, almejou ser candidato a senador em 2010 e virou ministro da Integração em 2011.
Fernando tem crescido paulatinamente para se tornar um político de grande porte no estado de Pernambuco. De todos os sucessores dos Coelho, Fernando é o mais próximo de alcançar o histórico do seu tio: Nilo Coelho, que foi governador de Pernambuco, senador da República e presidente do Senado.
Além disso, FBC é uma metamorfose ambulante, foi filiado ao PDS, ao PFL, ao PMDB, ao PPS e ao PSB. Mudar de partido não será nada complexo pra ele, e é nisso que iremos discutir a partir de agora.
PSB – Ficar no partido que está, diante das declarações que já deu sobre o futuro de Eduardo Campos, seria um tremendo tiro no pé. Dificilmente o governador optaria pelo ministro porque sabe que ele tem brilho e tamanho próprios. Eduardo deve preferir alguém subordinado a ele.
PSD – Migrar para o PSD poderia ser uma alternativa, mas arcaria com o ônus do partido ser composto por vários integrantes que viraram a casaca. É um partido que não tem uma linha programática, e sim pragmática. Poderia ser um partido viável pra disputar mas haveria rebeldia.
PMDB – Ir para o PMDB seria enfrentar a ira de Jarbas Vasconcelos que recentemente se aliou ao outrora rival Eduardo Campos para tentar sobreviver politicamente. Apesar do gordo tempo de televisão peemedebista, os desgastes seriam grandes para o ministro.
PT – O Partido dos Trabalhadores, apesar de ter o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo, parece ser o melhor caminho para Fernando Bezerra Coelho. Hoje ele seria o maior interlocutor do partido junto à presidente Dilma Rousseff. É isso que Humberto Costa não quer. Porém, não teria outra saída. Com ele o PT teria chances reais de ganhar o Palácio do Campo das Princesas, sem ele seria uma mera sublegenda do PSB ou um partido de oposição minguado.
Em caso de filiação ao PT, o ministro teria condições de aglutinar o PP do deputado Eduardo da Fonte que poderia ser candidato a senador e o PCdoB da deputada Luciana Santos que poderia ser candidata a vice-governadora na chapa do ministro. Teria condições ainda de tentar partidos que são da base de Dilma e que poderiam ter intervenções nacionais para marchar com sua candidatura, como o PR de Inocêncio Oliveira, o PSC de Lula Cabral e o PSD de André de Paula.
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