Desde que o consórcio Novo Recife arrematou os galpões da Rede Ferroviária Federal através de um leilão que não teve paz para tocar o seu projeto de construir doze torres naquela área.
Um grupo no Facebook denominado de Direitos Urbanos, o qual faço parte no intuito de igualmente discutir a cidade, criou a tese de ocupar o Cais José Estelita. Que vale salientar, estava abandonado, e ainda está.
A partir do momento que aquela área foi arrematada pelo consórcio, se tornou uma propriedade privada, gerida por recursos privados e que o poder público só tem a prerrogativa de regulamentar o que eles irão fazer.
Existe uma nova concepção que o consórcio pretende implantar naquela área, que naturalmente trará um novo panorama ao Recife Antigo que já está recebendo um moderno porto, possui restaurantes, um espaço para artesanato, um museu de Luiz Gonzaga e muitas outras coisas.
Definitivamente o futuro chegou ao Recife Antigo, que naturalmente merece ser batizado de Novo Recife. Esses projetos quando executados e entregues a população colocarão o centro da capital pernambucana no rol de uma das áreas mais bonitas e mais modernas do Brasil, quiçá do mundo.
Além de trazer o desenvolvimento e um novo panorama para a área, serão gerados seis mil empregos diretos, fortalecendo a economia local e criando um ciclo virtuoso de crescimento econômico para a capital pernambucana.
Ficar contra tudo isso é ficar contra a cidade. Não é de hoje que as pessoas se colocam contra determinados projetos e depois precisam reconhecer que eles foram importantes para a sociedade. Cito o Parque Dona Lindu, o qual cheguei a fazer artigos contra a concepção do mesmo, mas tenho a humildade para reconhecer que estava equivocado e que a construção dele foi muito boa para o bairro de Boa Viagem e naturalmente para a cidade.
Tenho certeza que este mesmo grupo que hoje se coloca contra o projeto Novo Recife, quando ele estiver pronto, vai reconhecer a importância dele para a cidade e entender que eles estavam equivocados.
Não se faz omelete sem quebrar os ovos. É natural que setores da sociedade fiquem contra um projeto de tamanha magnitude. Até porque ficar contra uma coisa tão consistente dá a mídia que alguns precisam pra sobreviver e alimentar seu ego.
Sugiro aos desocupados do Estelita que procurem algo mais interessante para se dedicar e que naturalmente tragam algo de bom para a cidade. É muito fácil jogar pedra num projeto tão diferenciado como o Novo Recife, porque rende mídia e para alguns, votos. Mas pensem em algo mais interessante para gastarem seus preciosos tempos. Porque hoje o que parece para quem está de fora é que vocês nada mais são do que os desocupados do Estelita.
Vão trabalhar e produzir algo útil!
Você faz parte do grupo Direitos Urbanos então deve saber bem que o grupo não defende apenas o cancelamento das obras e a continuação do jeito que está. A discussão é que outros meios sejam pensados para a revitalização do lugar. 12 torres de 40 andares são desnecessárias, mas hotéis, habitações, restaurantes, parques e espaços públicos são precisos. E é possível fazer isso sem passar um paredão de concreto. O terreno é privado, mas atingirá diretamente o microclima da região. A MD queria começar as obras sem RIMA, Estudo de Impacto de Vizinhança, etc.
O Estado e a sociedade tem o direito e o dever de intervir e discutir melhores formas de ocupação do local.
O discurso para a construção das torres gêmeas e do Evolution era a revitalização dos arredores. Será que isso aconteceu? Será que é seguro e agradável andar nos arredores das Torres Gêmeas e por trás do Shopping Recife? Daí tiramos…