Quando saiu do PV em 2011, Daniel Coelho havia sido vereador por dois mandados, de 2005 a 2010, renunciando ao mandato para assumir o cargo de deputado na Assembleia Legislativa, pouco tempo depois acabou saindo do partido e migrando para o PSDB, onde pôde disputar a prefeitura do Recife em 2012 e alcançou 245.120 votos, ficando em segundo lugar no pleito, superando Humberto Costa e Mendonça Filho.
Em 2014 o deputado Daniel Coelho tem três caminhos. O primeiro deles e menos tortuoso é disputar um mandato de deputado federal, cuja eleição seria praticamente pule de dez. Daniel teria grandes chances de ser o mais votado do Recife e brigar para ser um dos mais votados do estado. Existe a possibilidade do seu PSDB se aliar ao PSB, participando de um chapão.
A outra possibilidade, no mesmo contexto de aliança entre PSDB e PSB, seria Daniel Coelho ser o candidato a vice-governador na chapa do PSB que tende a ser encabeçada por Fernando Bezerra Coelho. Essa possibilidade coloca em xeque a postura oposicionista de Daniel e praticamente sepultaria as suas chances de disputar a prefeitura do Recife em 2016, mas poderia lhe dar condições de ser o candidato a governador da Frente Popular após dois mandatos como vice-governador.
Por fim, o caminho mais tortuoso e extremamente arriscado, é disputar o governo de Pernambuco em faixa própria. Aqui em Pernambuco o candidato de Eduardo e o candidato de Dilma, que tendem a ser, respectivamente, Fernando Bezerra e Armando Monteiro, irão polarizar, causando pouco espaço de crescimento para o tucano. Sobretudo nos grotões. Se disputasse e viesse a vencer, ótimo, mas o risco de derrota é muito maior, então Daniel ficaria sem mandato, o que não é nada bom pra quem tem apenas 35 anos de idade e uma forte inserção política como ele.
Daniel é um político brilhante, tem um futuro extremamente positivo pela frente. Certamente será pressionado pelo PSDB para uma candidatura própria e pelo PSB por uma candidatura a vice-governador, mas o melhor caminho, visando construir um futuro majoritário, ainda é a Câmara dos Deputados. O caminho de ser vice-governador só seria plausível tendo a possibilidade de acumular o cargo com uma secretaria de visibilidade. Já disputar pra governador é o pior dos caminhos.
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