Votado em regime de urgência nesta segunda-feira, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o Projeto de Lei º 1655/2013, que autoriza o aporte de recursos no Contrato de Concessão Administrativa para a exploração da Arena da Copa, recebeu voto contrário de quatro oposicionistas – os deputados Daniel Coelho, Terezinha Nunes, Maviael Cavalcanti e Severino Ramos. Sabendo que não havia número suficiente para derrotar o projeto, Daniel Coelho, líder da oposição, ainda pediu para que o mesmo fosse retirado de pauta e fosse aberta uma discussão mais ampla sobre o tema – o que acabou não ocorrendo.
“A sociedade não teve a oportunidade de compreender como se deu o contrato entre o governo de Pernambuco e a Arena. Parecia que era um negócio bom para o Estado, mas posteriormente se soube que a falta de receita, provocada pelo fato de Sport e Santa Cruz não mandarem seus jogos no estádio, por exemplo, teria que ser paga pelo governo. Ou seja, há a necessidade de que haja um repasse de dinheiro público inclusive de quem não gosta de futebol”, afirmou Daniel Coelho, antes de fazer um apelo, solicitando que o projeto fosse retirado de pauta.
“Esse projeto não pode ser votado em regime de urgência. É necessário que haja uma maior discussão, uma audiência pública. Me sinto desconfortável em aprovar essa matéria e deixo claro que discordo do modelo de contrato e do fato de se retirar recursos que poderiam ir para a educação para um aporte a uma empresa privada. Se o projeto não for retirado de pauta, deixo claro meu voto contrário”, enfatizou.
Em aparte, Terezinha Nunes seguiu a mesma linha: “O ideal é que o projeto fosse retirado de pauta, pois acho que tem que ser realizado sim um debate. Acompanho vossa excelência no voto contrário, porque o debate tem que ser feito e precisamos prestar contas à população”, destacou.
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