Na última semana, veio à tona um escândalo envolvendo a gestão da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) durante a administração de Rafael Brito. A operação denominada “Capa Dura” está investigando a compra de livros didáticos no valor de mais de R$50 milhões da empresa Inca Tecnologia de Produtos e Serviços. Essa empresa, recentemente alvo de operações policiais no Rio Grande do Sul, é suspeita de praticar superfaturamento na venda de materiais educacionais para o serviço público.
Rafael Brito, que atuou como secretário estadual de Educação de maio de 2021 a abril de 2022, autorizou o contrato com a Inca Tecnologia durante sua gestão na Seduc. A empresa forneceu os livros didáticos para serem distribuídos aos alunos da rede municipal de ensino. No entanto, após as investigações no Rio Grande do Sul, onde a empresa é sediada, a atenção se voltou para o contrato milionário assinado durante sua gestão.
A expectativa é que a operação “Capa Dura” expanda suas investigações para o estado de Alagoas, onde a Inca Tecnologia tem uma atuação significativa. Nas redes sociais, diversas perguntas foram levantadas sobre a quantidade, qualidade, distribuição e armazenamento dos livros adquiridos pela Seduc. No entanto, a atual gestão da secretaria se recusa a abordar o assunto publicamente.
A passagem de Rafael Brito pela Secretaria Estadual da Educação foi marcada por uma série de controvérsias, incluindo alegações de calote em alunos beneficiados pelo Programa Bolsa Escola 10 e a demissão repentina de cerca de três mil trabalhadores logo após sua saída do cargo.
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