Desde que fui morar no sertão de Pernambuco na década de noventa que aprendi a conhecer a realidade do semi-árido nordestino. Para o sertanejo a alegria é de ver chuva para molhar a plantação e dar comida ao seu gado, bem como a falta dela representa a tristeza sertaneja e o pior: a morte do gado, da plantação e consequentemente do sertanejo em alguns casos.
Nos tempos recentes, o sertão nordestino vivencia uma das piores secas e as dificuldades são grandes. Os R$ 2,7 bilhões anunciados pelo governo federal é um alento, bem como a nível estadual o repasse da bolsa-estiagem de R$ 180,00 para se juntar aos R$ 400,00 do governo federal é uma boa ajuda, mas não resolve o problema de um povo tão sofrido e carente.
É bem verdade que o nosso sertão tem conseguido se reestruturar, projetos como a transposição do São Francisco irá diminuir o problema da estiagem, mas é necessário muito mais.
Precisamos de uma política pública efetiva para contribuir com aquela região que é a mais necessitada do Brasil. Não para agir como paliativos, mas sim como uma mudança de rumo considerável na agricultura de subsistência. Não podemos aceitar mais, em pleno século XXI a utilização política desse tema.
Precisamos da união dos atores públicos e privados que possam melhorar a vida do sertanejo, fazendo com que o sertão seja um lugar bom de se viver também nesse período de seca como é o que vivenciamos hoje.
Não queremos esmolas, apenas uma solução, afinal não aceitamos mais ser parte dos problemas do Brasil e sim os protagonistas da solução.
Salvem o nosso sertão!
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