Por Marcelo Aprigio
Apesar de apertada, a vitória de Temer mostra o que vem sendo dito há tempos: o Congresso Federal não representa as brasileiras e os brasileiros. Dessa forma, a população se afasta cada vez mais da política, criando um perigoso divórcio.
O Poder Legislativo atual, que está sem legitimidade popular — mesmo tendo sido eleito pelo voto direto — tem sua composição formada, sobretudo, por parlamentares sem nenhuma identificação com os eleitores. Por isso, é alvo da maior crise de representação em toda a história desse país. Isso tudo se dá pelo fato de os nossos legisladores se recusarem a ouvir a voz que vem das ruas, que quer que o Brasil seja passado a limpo, que quer que a justiça seja plena e esteja sobre todos os cidadãos.
Este abissal divórcio existente entre o Parlamento e a Nação, entre o povo e o representante, é, sem sombra de dúvidas, o mais agravante sinal da crise da representação em que estamos inseridos. E, ao que me parece, dificilmente veremos eleitor e eleito unidos em nossos dias.
Temos hoje um presidente acusado de corrupção passiva ocupando o mais alto cargo público do país aliado a grupos cujos interesses não são os mesmos do povo, da nação e do país. Um governo que, desde o início, começou errado — por meio de um golpe — e loteado por bandidos em vários ministérios. Um governo sem voto e sem apoio popular, o que pode está demonstrado em pesquisas e, claramente se vê na rua. Um governo que apenas sobrevive pela capacidade única dos representantes do povo rejeitarem a vontade do povo.
Fora, Temer! Diretas já!
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