O Datafolha trouxe um levantamento que mostra o ex-presidente Lula, já condenado em primeira instância, na liderança com 35% das intenções de voto. Além do mais, um sinal de que ainda que Lula não seja candidato, 26% consideram votar num nome apoiado por ele. Lula evidentemente mostra que segue sendo um ator estratégico na política brasileira.
Jair Bolsonaro segue bem posicionado nas pesquisas e assume a liderança caso Lula não seja candidato. Mas é pouco provável que ele seja o nome a vencer a disputa ou pelo menos chegar ao segundo turno porque não conta com uma robusta aliança para disputar a presidência, devendo ter 30 a 40 segundos de guia eleitoral. Bolsonaro contaria com pouco tempo pra se apresentar, e seria o alvo de seus adversários para ter suas chances reduzidas.
O PSDB, por sua vez, vê seus possíveis candidatos estagnados em um dígito no levantamento. João Doria e Geraldo Alckmin seguem sem empolgar o Brasil.
A coalizão formada por PMDB, PP, PRB, PTB, PSL, PSC, PR, PPS, DEM, PSD e Solidariedade que hoje está abrigada no governo Temer teria motivos para apoiar um candidato da oposição? Não. Teria entusiasmo para apoiar um nome apresentado pelo PSDB? Menos ainda.
Quem seria o nome que apesar da rejeição tem apoio irrestrito destes partidos? Michel Temer. Abrigados no governo, preocupados em manter seus respectivos espaços, eles não deixarão de apoiar a postulação de Temer para ingressar numa aventura encabeçada por um nome do PSDB, que assim como Temer, possui candidatos com apenas um dígito nas pesquisas.
As circunstâncias da base governista apontam para que Michel Temer será obrigado a disputar a reeleição em 2018 por absoluta falta de alternativas que garantam o mínimo de segurança.
Os números do PSDB e o cenário sem Lula, que é o mais factível, favorecem que Temer seja o candidato da sua base em 2018.
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