O lamentável caso ocorrido com a morte do menino Miguel na última terça-feira no Edifício Píer Maurício de Nassau, no centro do Recife, expôs uma situação complexa de mistura do público com o privado, quando a mãe de Miguel, empregada doméstica de Sérgio Hacker, é lotada na prefeitura de Tamandaré, no litoral sul.
O prefeito, que é herdeiro de uma família poderosa na região, que detém as prefeituras de Tamandaré, Rio Formoso e Sirinhaém, se viu num escândalo que jamais poderia imaginar. Não bastasse a morte nas circunstâncias que observamos envolvendo Miguel, ficou latente a cultura patrimonialista do prefeito, que usa a prefeitura literalmente como uma extensão da sua casa.
Que tudo seja apurado, e os crimes cometidos sejam punidos. Há quem aposte que o prefeito Sérgio Hacker poderá ser expulso do PSB, devido a proporção tomada pelo Caso Miguel. Sari Corte Real, primeira-dama de Tamandaré, por pagar a fiança de R$ 20 mil, responderá em liberdade, mas a justiça terá que se debruçar muito mais do que num homicídio com dolo eventual, tem o caso de peculato do prefeito, que se apropria de dinheiro público para pagar obrigações pessoais.
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