Candidato a senador, Mendonça Filho apostou fortemente no segundo voto de prefeitos do PSB no sentido de garantir a sua chegada à Câmara Alta. Nos últimos vinte dias de campanha, quando Jarbas disparou na frente e Humberto ficou em alguns levantamentos em segundo lugar, Mendonça fez a opção de atacar seu ex-aliado Jarbas Vasconcelos acreditando que poderia ser beneficiário do eleitor que desistisse de votar em Jarbas.
Mendonça cometeu, na devida proporção, o mesmo erro que Alckmin está cometendo no plano nacional ao atacar Jair Bolsonaro em vez de atacar o PT. Se Mendonça criticasse Humberto, ele teria dificuldades de crescer, e o eleitor de Jarbas, mais refratário ao PT, poderia fortalecer o segundo voto na sua candidatura e a ideia inicial de ser o segundo senador lograr êxito. Como atacou Jarbas, Mendonça deixou Humberto frouxo, que cresceu nas pesquisas e se distanciou dele.
Faltando menos de dez dias para a disputa, Mendonça está a sete pontos de Humberto e onze de Jarbas no Datafolha, enquanto no Ibope está a dez de Humberto e nove de Jarbas. Como Armando Monteiro está a oito pontos de Paulo Câmara no Ibope e no Datafolha, é pouco provável que Mendonça tire a diferença na urna e se eleja senador. A estratégia foi o que chamamos de tiro no pé.
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