Desde 1964 que a Aliança Renovadora Nacional mandava e desmandava no Brasil e também em Pernambuco. A ARENA se transformou em PDS, em PFL e por fim em DEM.
Em 1986 com a redemocratização, o PFL, com a candidatura de José Múcio perdeu para Miguel Arraes a disputa pelo Governo de Pernambuco.
Já em 1990, com a candidatura de Joaquim Francisco conseguiu derrotar Jarbas Vasconcelos (PMDB), que não contou com o apoio integral de Arraes, então governador.
Na disputa de 1994, já com o apoio do então prefeito do Recife Jarbas Vasconcelos, o PFL perdeu para Miguel Arraes com a candidatura de Gustavo Krause.
Em 1996, com a aliança com Jarbas, o PFL saiu vitorioso com Roberto Magalhães no Recife e consolidou a aliança com o PMDB. No ano de 1998, quando Miguel Arraes disputava a reeleição, mesmo desgastado pelo escândalo dos Precatórios, o PFL indicou Mendonça Filho para a vice de Jarbas Vasconcelos, que foi vitorioso e ainda emplacou José Jorge no Senado.
Em 2000, quando a União por Pernambuco parecia no rumo certo para governar o Recife e o estado, Roberto Magalhães (PFL) entregou de bandeja a prefeitura do Recife para João Paulo (PT), enfraquecendo o grupo liderado por Jarbas Vasconcelos que estava governando Pernambuco.
Em 2002, o PFL emplacou Marco Maciel para o Senado e continuou com a vice-governadoria. Na chapa vitoriosa, Sérgio Guerra (PSDB) egresso do arraesismo foi eleito ao lado de Jarbas Vasconcelos para o Senado.
Na disputa de 2004, com a candidatura de Cadoca (PMDB), o PFL sequer indicou o vice e a candidatura da União por Pernambuco foi novamente derrotada por João Paulo.
Em 2006, depois de assumir o governo, Mendonça Filho (PFL) perdeu de forma acachapante, mesmo com o apoio de Jarbas que tinha Sérgio Guerra (PSDB) como candidato competitivo, mas demonstrando lealdade ao PFL, apoiou Mendonça. Com a derrota, Jarbas sofreu um isolamento monstruoso tendo Eduardo Campos governando o estado.
Na disputa de 2008, Mendonça Filho decidiu concorrer ao cargo de prefeito do Recife, saiu sozinho e conquistou 25% dos votos. Ou seja, o eleitorado dele. Aquele eleitorado que vota na direita e pronto.
Em 2010, mais uma vez demonstrando lealdade ao grupo, Jarbas Vasconcelos foi candidato ao governo, numa disputa inglória contra Eduardo Campos e sofreu uma derrota mais acachapante do que a de Mendonça em 2006.
Quando chega 2012, Mendonça Filho reincidente em derrotas, com sérias dificuldades de crescimento, queria o apoio do PMDB, mas não queria apoiá-lo. Isso se repetiu com PSDB e PPS, aliados da finada União por Pernambuco.
Raul Henry, pré-candidato do PMDB, sabia que disputar era difícil e apoiar um candidato de essência derrotada era suicídio. Encontrou o vácuo da briga entre PT e PSB e se integrou ao projeto do governador.
Não cabe ao senador Jarbas Vasconcelos o esfacelamento das oposições. Ele não perdeu eleição com o governo na mão, ainda foi pro sacrifício em prol da oposição em 2010.
O senador Jarbas pode ter os seus equívocos, afinal ninguém é perfeito, mas o grande culpado pela situação atual da oposição não é ninguém mais, ninguém menos que o DEM na pessoa do deputado Mendonça Filho, que foi responsável pelas saídas de José Múcio Monteiro, André de Paula, Joaquim Francisco, Inocêncio Oliveira, Severino Cavalcanti e muitos outros líderes políticos com voto da finada União por Pernambuco.
Falta espelho ao DEM, falta introspecção e falta humildade ao partido para saber que o seu tempo passou.
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