Fernando Soares Lyra, nascido em 8 de outubro de 1938, filho de João Soares Lyra Filho e Guiomar Farias Lyra, começou sua vida pública em 1966 ao se eleger deputado estadual pelo MDB, exerceu mandato de deputado federal em 1970, 1974, 1978 pelo MDB e em 1980 se filiou ao PMDB, quando foi reeleito deputado federal em 1982, se afastando do cargo para ocupar o cargo de Ministro da Justiça no governo Sarney, haja vista que tinha sido o coordenador político da campanha vitoriosa de Tancredo Neves, de quem era muito próximo.
Em 1986 foi reeleito deputado federal, e em 1989 disputou a vice-presidência da República na chapa de Leonel Brizola, já pelo PDT. Voltou como deputado federal em 1993, pois tinha sido suplente na eleição de 1990, já pelo PSB, exerceu mandato até 1998, quando decidiu sair da vida pública disputando mandatos.
Em 2003 assumiu a presidência da Fundação Joaquim Nabuco, e sua principal articulação política foi a vitoriosa candidatura de Eduardo Campos a governador em 2006, quando seu irmão, João Lyra Neto, compôs a chapa majoritária como vice-governador.
Em 2009 lançou o livro “Daquilo que eu sei”, revelando os bastidores da transição democrática da campanha de Tancredo Neves e no governo José Sarney, e toda a articulação feita pelo movimento Diretas Já.
Fernando Lyra foi uma das mentes brilhantes da política brasileira, que sem dúvidas estará na história de Pernambuco e do Brasil como grande visionário, defensor das causas do seu povo e como um dos expoentes da história democrática brasileira.
Fernando estava internado com complicações renais e respiratórias desde o início do ano. Lutou contra uma doença que lhe acompanhava há anos. Infelizmente, ela o venceu e nós o perdemos.
Que Deus o tenha. Pernambuco perde um grande político, o Brasil um grande patriota.
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