O projeto que originou a Lei N° 16.998, que declara o Mestre Vitalino patrono da arte do barro em Pernambuco, é de autoria do deputado Guilherme Uchoa Júnior.
Uchoa disse que a honraria é o mínimo que pode ser feito em memória do artista genial que se distinguiu pela excepcional contribuição à arte popular em Pernambuco.
Nascido em Caruaru em 10 de julho de 1909, o artesão Mestre Vitalino Pereira dos Santos era filho de um lavrador e de uma artesã, que fazia panelas de barro para vender na Feira de Caruaru, no agreste pernambucano.
Sua obra foi inspirada em figuras das crenças populares em cenas do universo rural e urbano, assim como nos rituais e no imaginário da população do sertão nordestino.
Desde criança começa a modelar pequenos animais com as sobras de barro usado por sua mãe, na produção de utensílios domésticos.
Na década de 60, criou a Banda Zabumba Vitalino, da qual era tocador de pífano principal. Nessa época, mudou-se para o povoado do Alto do Moura para ficar mais perto do centro de Caruaru.
Apesar do seu grande talento, sua atividade de ceramista permanece desconhecida até 1947. Mestre Vitalino só começa a ganhar notoriedade, anos depois, ao participar de feiras e exposições de cerâmica pernambucana dentro e fora do país.
A partir daí, seu trabalho ganha espaço na Revista Esso(1959) e no Jornal das Letras(1953), publicações muito prestigiadas à época. Nesse mesmo período, o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais edita o livro Vitalino, de autoria do antropólogo René Ribeiro.
Em 1971, é inaugurada no Alto do Moura, onde ele residiu grande parte de sua vida, a Casa Museu Mestre Vitalino.
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