A imprensa nacional tem jogado combustível na candidatura de Eduardo Campos a presidente da República porque viu que a candidatura de Aécio Neves dificilmente decolará e com isso a discussão sobre o futuro do Brasil ficará mais pobre tendo um passeio de Dilma Rousseff.
Mesmo almejando o cargo maior da nação, Eduardo Campos é calculista. Ele não dá passos em falso e sabe que mesmo ganhando uma notoriedade imensa como candidato a presidente da República, em condições políticas e econômicas normais, Dilma Rousseff é a favorita para a disputa e com isso o governador de Pernambuco pode ficar sem mandato, mesmo obtendo uma boa votação em 2014.
A disputa pelo Senado e pela Câmara que está em curso pode diagnosticar o pensamento do governador Eduardo Campos. Se ele quisesse romper com Dilma agora, ele teria condições de medir forças com Henrique Eduardo Alves na Câmara ou Renan Calheiros no Senado com alguns nomes do PSB. Porém, corria o risco de perder e sair enfraquecido.
Com o PMDB comandando as duas Casas Legislativas, Eduardo ganha um argumento para 2014: o de que o partido já tem espaço demais. É aí onde ele entra.
Está em curso uma articulação para fazer de Gabriel Chalita (PMDB) o candidato da base Dilmista a governador de São Paulo. Chalita receberia o aval do PSB e do PT, onde Michel Temer seria recompensado com um ministério importante no governo Dilma, mas com grande inserção no governo paulista se eventualmente vencesse com a candidatura de Gabriel Chalita.
Eduardo Campos seria o candidato a vice-presidente e ganharia força para pavimentar 2018 sem romper com o grupo político que comanda o país, pelo menos agora. Com o cargo de vice-presidente, Eduardo poderia ser, assim como Michel Temer, um ministro de notoriedade no segundo governo Dilma.
Pensando por este lado, é mais prudente do que se aventurar numa incerta candidatura a presidente ou até mesmo entrar no Senado que é na verdade uma aposentadoria de luxo para políticos que já foram tudo o que poderiam ser em seus respectivos estados.
Será que o alvo do socialista é certo? Agora, se não conseguir o que almeja, é melhor ser candidato a presidente mesmo e se fortalecer para o Pós-Dilma em 2018.
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