A rodada de pesquisas aferindo a popularidade dos governadores feita pelo Ibope constatou o óbvio ululante: todos os governadores caíram na sua aprovação. Alguns mais outros menos, mas todos caíram.
O grande beneficiado, após seis anos e seis meses de governo, foi Eduardo Campos. É claro que ele iria cair, estranho seria se sua aprovação continuasse intacta após tudo o que ocorreu com os protestos de junho. Os protestos atingiram todos os políticos independentemente de partido ou ideologia.
Dos que aparentemente sobreviveram ao tsunami de junho, apenas Eduardo Campos e Beto Richa continuaram com aprovações consideráveis. O pernambucano tem simplesmente 58% de ótimo/bom em relação ao seu governo, já sua aprovação pessoal chega a 78%. O que configura uma força para o socialista.
Por quê isso ocorre? Isso se dá graças ao nível de governo que ele faz em Pernambuco. Tem equívocos? Claro e podem ser enumerados. Afinal, ninguém é infalível porque depende de uma série de variáveis para que uma gestão dê certo. Mas o grande objetivo desta análise é explicar o motivo de Eduardo manter elevados níveis de aprovação.
Eduardo assumiu um governo em janeiro de 2007 azeitado por Jarbas Vasconcelos. Suape já vinha num grande nível de desenvolvimento, além do mais a vinda da Refinaria, do Estaleiro, da Hemobrás e de outros investimentos trazidos por Lula ajudaram para que Eduardo conseguisse demonstrar a sua capacidade de gestão. Mas não é só isso.
Eduardo soube formar uma equipe qualificada, com raríssimas exceções, que conhece a máquina pública e sabe trazer a eficiência da gestão a níveis máximos. Ter nomes do naipe de Fernando Bezerra Coelho, Geraldo Julio, Antonio Figueira, Paulo Câmara, Tadeu Alencar, dentre outros, não é pra qualquer um. Isso mostra a preocupação de Eduardo em ter um time qualificado para exercer as funções necessárias.
Na Assembleia Legislativa, dos 49 deputados estaduais, 91,8% integra a base governista. Na Câmara dos Deputados, dos 25 representantes, percentual parecido apoia Eduardo. No Senado, agora Eduardo conta com 100% dos três senadores de Pernambuco, pelo menos declaradamente, porque Jarbas Vasconcelos, Humberto Costa e Armando Monteiro se autodenominam governistas em relação a Eduardo Campos.
Esse apoio não é fruto dos sedutores olhos azuis de Eduardo Campos. Político é pragmático. Se não existe uma oposição consistente aqui é porque o nível de acerto do governador é infinitamente superior ao nível de erro. Talvez seja por isso que Eduardo desde janeiro de 2011 é considerado o melhor governador do Brasil.
Quem não gosta de UPAs? Quem não gosta de Terminais Integrados? Quem não gosta de Hospitais? Quem não gosta de Escolas Técnicas? Eduardo Campos nestes anos que governa Pernambuco fez dezenas desses equipamentos públicos.
Já o povo é ainda mais pragmático que o político. Ele quer saber se as coisas estão melhores pra ele e pra sua família. Como não achar melhor os resultados do Pacto Pela Vida? Como não gostar da Patrulha nos Bairros? Como não gostar de CNH Popular? Como não gostar de Transplantes de Órgãos? Como não gostar de coisas boas para a sua vida?
Isso explica os números de Eduardo Campos, que hoje rompeu as barreiras de Pernambuco e tem se consolidado a nível de Nordeste para posteriormente se consolidar a nível de Brasil. Eduardo tem o que mostrar para o Brasil, pelo que foi feito em Pernambuco. Vale ressaltar que aqui é um estado pobre, com inúmeras distorções sociais e estagnação político-administrativa de muitos anos.
Hoje Pernambuco é a locomotiva do Brasil e o maquinista se chama Eduardo Campos.
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