A governadora Raquel Lyra e seus aliados elaboraram uma estratégia para atrair o vereador Davi Muniz para a base do Governo, visando às eleições de 2024. Uma das táticas envolvia lançar a irmã de Davi como candidata a vereadora pelo PSDB, ocupando sua vaga na Câmara Municipal, o que potencialmente facilitaria a aproximação do MDB ao palanque estadual. Para viabilizar essa manobra, cogitou-se que Jarbinhas assumiria uma secretaria no Estado, permitindo que Davi Muniz, suplente de deputado estadual, ocupasse sua cadeira na Câmara Municipal.
Entretanto, João Campos, mesmo não sendo muito próximo de Davi Muniz, agiu rapidamente e ofereceu ao deputado estadual Diogo Moraes o cargo de secretário na PCR. Isso obrigaria Davi Muniz a renunciar ao seu mandato de vereador para assumir na Assembleia Legislativa, além de causar instabilidade na base de Raquel Lyra. Adicionalmente, essa articulação de João Campos garantiria a permanência do vereador Rinaldo Junior, uma figura influente na Câmara Municipal do Recife, especialmente em ano de eleição municipal.
Apesar desses movimentos, o MDB avalia que a situação legal de Jarbas Filho é sólida, o que torna independente a aliança com o PSDB. A decisão favorável da justiça eleitoral fortalece essa aliança, ressaltando que a dinâmica política está sujeita a essas variações. O recurso de Davi Muniz ao TSE contra Jarbas Filho parece ter poucas chances de êxito, dado que o TSE raramente desautoriza decisões unânimes dos Tribunais Regionais Eleitorais, a menos que o caso seja excepcionalmente absurdo, o que não parece ser o caso aqui, onde Jarbas Filho obteve apoio do presidente nacional e regional do PSB.
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