O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, não se intimidou com as críticas do “bolsonarismo” e reagiu de forma enfática às vaias recebidas durante seu discurso no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Barroso destacou sua experiência em enfrentar a Ditadura e o bolsonarismo, ressaltando que não se preocupa com isso.
Em seu discurso, o ministro ressaltou a importância da concordância e discordância na democracia que foi conquistada, afirmando que as energias foram renovadas por esse debate. Ele também destacou a derrota da censura, da tortura e do bolsonarismo, permitindo assim a democracia e a liberdade de expressão para todas as pessoas.
As palavras de Barroso foram uma resposta a um grupo de manifestantes que protestavam contra ele no evento da UNE, exibindo uma faixa com críticas à sua atuação relacionada à enfermagem e ao suposto golpe de 2016. O ministro suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem por falta de detalhamento das fontes de custeio, mas posteriormente revogou a suspensão após a liberação de recursos pelo governo federal.
Diante das críticas, Barroso afirmou ter sido responsável por garantir o dinheiro necessário para a enfermagem, destacando que não teme as vaias, pois há um país a ser construído. Ele ressaltou também a resistência a um suposto golpe de Estado recentemente e reafirmou o compromisso com a história, a verdade plural e a obrigação de fazer um país melhor.
A CNN buscou comentários da assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, porém, até o momento, não obteve resposta. Pessoas próximas ao ex-presidente interpretaram as palavras de Barroso como uma confissão de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria atuado contra Bolsonaro nas eleições de 2022, o que até o momento não foi comprovado.
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