O governador Eduardo Campos aproveitou o domingo (24) para visitar o Canal do Panamá. Em rápida passagem pelo país rumo à Nova Iorque, onde receberá dois prêmios da ONU, ele fez questão de ver de perto as obras de alargamento do canal que liga o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico e que vão consolidar o Porto de Suape como um hub port de classe mundial.
A previsão é que a obra, iniciada em setembro de 2007, seja concluída em 2015. Embora situado a milhares de quilômetros da América Central, o Porto de Suape será diretamente beneficiado, como explicou o governador Eduardo Campos.
“O novo Canal do Panamá vai diminuir a distância e assim facilitar a chegada de grandes navios saídos do Japão, China, Cingapura e outros países da Ásia que buscam o Brasil. Graças à profundidade do seu calado, o Porto de Suape será um dos poucos habilitados a receber essas embarcações que vão fazer de Pernambuco um ponto de distribuição de suas cargas não só para o país, como também para a costa oeste africana”.
Construído em 1914, o Canal do Panamá possui 80 km de extensão e é dividido por três eclusas. Cada uma oferece dois corredores para navios com até 33 metros de largura e capacidade para até 5 mil contêineres. As obras vão duplicar a quantidade de vias e possibilitar a passagem de navios com até 55 metros de comprimento e capazes de carregar até 13 mil contêineres.
Para cruzar o Canal, cada navio paga, de forma antecipada, de US$ 120 mil a US$ 400 mil (entre R$ 250 mil e R$ 850 mil aproximadamente). O percurso é feito entre oito e dez horas. A eclusa visitada hoje pelo governador foi a de Miraflores que, ao lado da de Pedro Miguel, dá acesso ao canal pelo Oceano Atlântico. Já a de Gatún é a porta de entrada para as embarcações vindas do Oceano Pacífico.
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