Nesta sexta-feira (6), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Alex Sandro de Ávila, realizaram uma visita técnica ao Complexo Portuário do Pecém. O local, com mais de 19 mil hectares de área, possui infraestrutura robusta e localização geográfica privilegiada, destacando-se como a casa do Hidrogênio Verde (H2V) no Brasil, abrigando os primeiros projetos do setor no país.O objetivo da visita foi conhecer os projetos voltados para energias renováveis, a fim de servirem como exemplos para outras autoridades portuárias. É importante destacar que o Brasil tem o compromisso de aumentar suas capacidades no campo das energias renováveis, visando garantir a preservação ambiental e proporcionar mais qualidade de vida à população.
Durante a visita, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou a importância estratégica do porto como um hub de excelência, possibilitando um canal direto, por exemplo, com a região da Europa, viabilizando o transporte e exportação do referido produto para lá. “Eu não tenho dúvidas de que o Porto do Pecém será uma referência mundial em hidrogênio verde, e queremos exportar essa tecnologia para toda a Europa e outros países, o que estimulará ainda mais o crescimento econômico da região”, disse.
O secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Alex Sandro de Ávila, destacou os investimentos no Porto de Pecém em relação a projetos de energias renováveis, especialmente o Hidrogênio Verde. “É um excelente hub para permitir um canal direto, por exemplo, com a região da Europa. Estamos investindo na proposta econômico-financeira para permitir que tenha um custo acessível e, assim, posicionar o Brasil na vanguarda da competitividade no fornecimento de energia renovável, como o hidrogênio verde, para o mundo”, disse.
O Complexo
O Complexo do Pecém é composto por três grandes frentes: a Área Industrial, que abriga algumas das principais unidades fabris do Nordeste brasileiro; o Porto do Pecém, um terminal offshore de classe mundial; e a ZPE Ceará, a primeira Zona de Processamento de Exportação a operar no Brasil, que possui uma nova área de mais de 1.900 hectares para receber novos investimentos. É nessa área que serão instaladas as empresas que produzirão H2V no Pecém.
Atualmente, o complexo conta com seis pré-contratos assinados, somando cerca de US$ 8 bilhões em investimentos até 2030. Isso deve duplicar a quantidade de empregos diretos e indiretos na região, que atualmente é de 80 mil. Para receber as empresas que produzirão hidrogênio verde no Pecém, a estrutura do Complexo e do Porto do Pecém será modernizada. Será criado um corredor de utilidades por onde circularão os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio, água e a rede de energia elétrica. O píer 2 e o terminal de múltiplas utilidades do Porto devem passar por adaptações para a operação de amônia e outros derivados do hidrogênio verde.
Além disso, uma nova subestação com linha de transmissão será construída para garantir energia suficiente para os eletrolisadores (onde é produzido o H2V). Também será desenvolvido um Centro de Inovação em Combustíveis Renováveis no Pecém. “Nesse processo de instalação do hub de H2V, estamos nos preparando para produzir e exportar o hidrogênio enquanto o Porto de Roterdã se prepara para receber e distribuir pelo mercado europeu”, destaca o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo. O Porto do Pecém e o Porto de Roterdã constituirão a rota de exportação/importação de H2V mais próxima entre a América do Sul e a Europa.
Deixe um comentário