Brasília, 30/09/15 – Presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) subiu hoje (30) à Tribuna do Senado para parabenizar o estado de Pernambuco pelos investimentos na ampliação das chamadas “energias limpas”. O senador referia-se à inauguração do primeiro parque híbrido de geração de energias solar e eólica do país, no município de Tacaratu. Bezerra Coelho também registrou satisfação por mais dois parques de energia solar que serão instalados no município de Flores, Sertão do Pajeú. O senador destacou, ainda, a realização, nesta quinta-feira (1º), de audiência pública com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que comparecerá à CMMC para detalhar a proposta que o Brasil apresentará na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (COP-21).
Desde o início do mandato no Senado, Fernando Bezerra tem defendido mais investimentos para a diversificação da matriz energética brasileira. Inaugurado na última sexta-feira (25), na Região do São Francisco, o parque híbrido de Tacaratu tem capacidade para gerar 340 gigawatts/hora de energia eólica e solar, por ano. “Para se ter uma ideia, este volume de energia é suficiente para abastecer mais de 200 mil residências”, ilustrou o senador. Formado por duas usinas fotovoltaicas com potência instalada de 11 megawatts, o parque passa a ser o maior parque de energia solar em operação no Brasil. Ele contribuirá para o aumento de mais de 30% da capacidade instalada de geração de energia solar no país. Além destas usinas, o empreendimento – batizado de “Complexo das Fontes” – conta com um parque eólico de 80 megawatts. Segundo Fernando Bezerra Coelho, este modelo híbrido de produção de energia se mostra viável em 60% do território pernambucano, como aponta o Atlas Eólico e Solar de Pernambuco.
O senador também destacou, durante o pronunciamento, a instalação de mais dois parques de energia solar no município de Flores. A assinatura do contrato para a implementação destes parques – que deverão entrar em operação até 2017, com capacidade para produzir 52 megawatts de energia gerada pelo sol – já foi anunciada pelo Governo de Pernambuco e o consórcio Kroma Energia e Cone Concierge. “Estes modelos, que vêm do meu estado, podem e devem ser seguidos em todo o Brasil, que possui elevado índice de insolação e é considerado “Terra do Sol”, a exemplo da Austrália”, destacou.
COP-21 – Na Tribuna do Senado, Fernando Bezerra lembrou que, na última segunda-feira (28), durante a abertura da 70ª Assembleia-Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil fará um grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa sem comprometer o desenvolvimento do país. Entre as principais medidas, destacam-se a redução, até o ano de 2030, de 43% das emissões de gases de efeito estufa; o fim do desmatamento ilegal; o reflorestamento de 12 milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de 5 milhões de hectares de lavoura, pecuária e florestas.
De acordo com o governo federal, o Brasil também diversificará a matriz energética nacional, ampliando a participação das chamadas “energias limpas”. A meta é que as fontes renováveis respondam por 45% do total da matriz. Destes, 23% corresponderá à participação das energias eólica, solar e de biomassa.
“Sou favorável a tais metas. Porém, defendo ainda mais ousadia em relação ao prazo para o alcance destes objetivos. Isto é, que eles sejam alcançados antes de 2030”, afirmou o senador. “Se estas metas forem colocadas na lista de prioridades do Brasil, teremos condições de nos posicionarmos, de fato, como líderes neste ambiente. Tanto pelo potencial energético e as reservas ambientais que o país possui como também pela dimensão da nossa Amazônia”, completou Fernando Bezerra Coelho.