O juiz federal Sérgio Moro negou a soltura de quatro executivos acusados de participar do esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras investigado pela operação Lava Jato. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela Justiça Federal do Paraná. No despacho, Moro decretou nova prisão preventiva contra os executivos, que já estão presos há três meses.
Os executivos que tiveram os pedidos de revogação de prisão negado pelo juiz foram João Ricardo Auler, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, da construtora Camargo Corrêa, e Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC. Os quatro foram presos na sétima fase da operação Lava Jato, em novembro de 2014.
Segundo o despacho do juiz, a nova decretação de prisão contra os executivos aconteceu porque ainda há “risco ordem pública” e à “integridade da Justiça”. A prisão preventiva não tem prazo fixo de duração, ao contrário da prisão temporária, cujo prazo é de cinco dias.
A decisão de Moro acontece um dia depois de ele ter criticado, em outro despacho, os encontros mantidos por advogados de empreiteiras e executivos com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
No último sábado, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que Cardozo manteve três encontros com advogados de réus da operação Lava Jato. Moro classificou o episódio como “intolerável”.
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