O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a proposta do governo para regulamentar e taxar apostas esportivas deve gerar uma arrecadação de cerca de R$ 2 bilhões em 2024. Essa estimativa representa uma redução significativa em relação às projeções anteriores da pasta, que apontavam para ganhos de até R$ 12 bilhões por ano com a medida.
A perspectiva de arrecadação menor pode prejudicar a meta do novo arcabouço fiscal do governo de zerar o déficit em 2024. Em entrevista no Rio de Janeiro, Haddad também criticou o nível dos juros no país, destacando que o governo paga 10% ao ano de juros reais, o que, segundo ele, é insustentável para o país.
O volume de recursos relacionados a jogos e apostas no Brasil atingiu a marca de US$ 8 bilhões neste ano, de acordo com o Banco Central (BC), englobando fluxos de pagamento e operações de câmbio.
O governo tem planos de editar uma medida provisória (MP) para regular as apostas antes do recesso parlamentar em julho. Além disso, pretende enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para a criação de uma secretaria de jogos e loterias, visando fiscalizar o setor. Atualmente, a CPI das Apostas na Câmara dos Deputados investiga manipulações em resultados esportivos e a intenção é que o governo implemente um sistema para acompanhar, investigar e coibir casos suspeitos nesse setor.
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