O debate entre os candidatos a prefeito do Recife promovido pelo Inest, agora à noite, foi marcado por um desafio de Mendonça a Humberto Costa (PT): mostrar dados relativos à coleta do lixo nas últimas gestões da cidade. A proposta foi motivada por um comentário do petista sobre um pretenso lapso de 40% na coleta de lixo do Recife durante a gestão Roberto Magalhães (1997-2000). “Eu desafio Humberto a me mostrar que áreas da cidade eram essas que não tinham coleta, pois isso de forma alguma corresponde à verdade. Se quase metade do lixo da cidade não fosse coletado isso seria visível e haveria o caos nas ruas. Isso nunca aconteceu, diferentemente do que foi visto no auge da crise do lixo do início do governo João da Costa, quando a cidade foi tomada por todo tipo de dejetos e sujeira”, disse Mendonça, propondo para que Humberto entregue os dados até 10h de amanhã.
Mendonça ainda lembrou que durante os últimos quatro anos da gestão PT-PSB o valor do contrato do lixo foi aumentado em 80% enquanto a coleta teve redução em vários bairros, passando a não ser mais diária. “Ao contrário do que falou Humberto, o contrato não está nos conformes: foi feito com dispensa de licitação e está sendo questionado pelo Tribunal de Contas. Existem inclusive muitas coisas que nunca foram explicadas à sociedade nesse episódio, e que seria interessante que viessem à tona. A minha gestão vai começar com uma total revisão da política de resíduos: desde os contratos, passando pela coleta e chegando à destinação do lixo”, completou.
A ausência do candidato do PSB, Geraldo Júlio, foi comentada por Mendonça. “Tenho divergências sérias com Humberto, mas o respeito porque ele está aqui e estamos debatendo democraticamente. O que a gente não pode aceitar é a ausência de alguém sem qualquer história política e que, sacado de um colete, quer vencer a eleição na base do poder econômico e do apadrinhamento. O Recife já passou por isso quatro anos atrás e a gente sabe no que deu”.
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