Em ato com o presidente Lula, em Pernambuco, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinou, nesta quarta-feira (22), um acordo de cooperação com o governo do Estado para ampliar e aprimorar o monitoramento e os alertas de risco de desastres na Região Metropolitana do Recife (RMR). Mais de R$2,5 milhões serão investidos nessa iniciativa, que tem o intuito de evitar novos prejuízos à população.
“Estamos somando esforços para preservar vidas e evitar que tragédias se repitam. Acreditamos que o conhecimento científico é a chave para as soluções de diversos problemas, incluindo os relacionados às mudanças climáticas”, disse a ministra.
Com o acordo, serão instaladas na RMR mais cinco estações do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). O instituto, vinculado ao MCTI, faz o monitoramento e emite alertas de risco de desastres para mais de mil municípios de todo o país.
Como uma ação prioritária dos cem primeiros dias de governo, o Ministério anunciou a expansão dessa atuação do Cemaden. De acordo com a ministra, o monitoramento deverá alcançar mais de 1.800 cidades das regiões metropolitanas de todo o país e garantir a segurança de 70% da população brasileira.
Hoje, o Cemaden possui 15 estações geotécnicas na Região Metropolitana do Recife, que monitoram a quantidade de água armazenada a uma profundidade de 4 metros. Agora, passará a ter 20. É essa água acumulada que causa instabilidade nas encostas e provoca os deslizamentos.
As fortes chuvas que atingiram Pernambuco no mês passado deixaram uma vítima fatal. “Esses eventos extremos têm graves consequências, principalmente para as populações mais vulneráveis. As pessoas vão morar nos morros, encostas e alagados não por opção. É preciso ter o monitoramento para evitar que os eventos climáticos causem desastres e tragédias e, assim, seja possível salvar vidas”, pontuou Luciana.
As estações do Cemaden transmitem dados em tempo real, que serão compartilhados com a Agência Pernambucana de Águas e Clima, a APAC, e com a Defesa Civil do Estado.
A assinatura do acordo aconteceu no Geraldão, no Recife, durante cerimônia de relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O evento também marcou a reinstalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e a criação do Programa de Organização Produtiva e Econômica de Mulheres Rurais.
“É muito importante trazer de volta o PAA, o que significa que estamos avançando no enfrentamento à fome, uma das prioridades do presidente. Foi um programa estratégico, no âmbito do Fome Zero, para garantir a segurança alimentar, fortalecer a agricultura familiar e combater o êxodo rural”, disse Luciana, celebrando a ampliação da participação das mulheres agricultoras nesta fase do programa.
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