Não sou daqueles que, pelos parâmetros culturais impostos pela sociedade, têm o gosto musical refinado. Apesar de gostar de MPB, Jazz, etc., não são os ritmos musicais que mais gosto.
Isso se deu porque cresci ouvindo dois gêneros musicais com muita força no Recife e no sertão pernambucano, lugares onde morei durante a minha infância e adolescência, o Forró e o Axé.
Acompanhei de perto a explosão da Mastruz com Leite, da Caviar com Rapadura, Brucelose, Calcinha Preta, Brasas do Forró e muitas outras, bem como o Asa de Águia, o Chiclete com Banana, a Banda Eva, o Cheiro de Amor, Netinho e muitos outros consgrados artistas do Axé.
Isso, obviamente, fez com que gostasse de músicas desses dois ritmos musicais e tivesse uma opção por determinadas coisas.
Posso garantir, que, apesar de uma ou outra música de duplo sentido e de péssimo gosto, a maioria dos axés e dos forrós se não têm muita qualidade, são músicas alegres e respeitosas para com o público.
Recentemente tenho acompanhado um boom na minha cidade de um artista chamado Mc Sheldon, nos quatro cantos do Recife muitos jovens têm escutado as músicas deste cidadão.
Infelizmente o que este rapaz canta não pode ser chamado de música, mas na verdade um atentado violento ao pudor e um incentivo claro à pedofilia. Nossos jovens estão crescendo e entendendo que o sexo na infância é algo normal e corriqueiro.
Já podemos claramente acompanhar meninas de dez anos dançando essas músicas e caminhando para o submundo da prostituição, mesmo que não seja aquela de vender o corpo, mas de utilizar bebidas, se expor e algo do gênero.
As ‘novinhas’ caíram no gosto do povo e não sabemos até onde isso vai chegar. Afinal, quem paga a conta somos nós, cidadãos de bem. Porque esses jovens são incentivados a particarem sexo sem ter a mínima estrutura corporal, financeira e emocional para tal. Pior, para lidar com as consequências disso, como gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis. E novas crianças virão, marginalizadas da educação, da saúde, da segurança, etc.
Muitos falam que a música de Sheldon é liberdade de expressão, vivemos numa democracia, etc. Não, não é. A música de Sheldon é uma libertinagem, um desrespeito para com a sociedade numa total inversão de valores e crenças.
Muitos irão entender o que estou falando quando a sua filha ‘novinha’ tiver um filho graças ao incentivo dessas músicas de quinta categoria.
E as novinhas vão dançando na posição da rã, depois não reclamem da barriga vilã.
Pernambuco de Alceu Valença, de Capiba, de Luiz Gonzaga, de Nando Cordel, de Dominguinhos e tantos outros gênios da música brasileira também produziu o que há de mais abominável nela: O Mc Sheldon.
Cadê o Ministério Público?
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