Como sempre diz a candidata à Presidência da Repúbica, pelo PSB, Marina Silva, a pior crítica é sempre aquela que se inicia com um elogio e depois de um “mas” desqualifica fortemente a pessoa. O ministro Gilberto Carvalho se vale desse artifício para desconstruir a trajetória e a pessoa de Marina, na reportagem “Ministro recorre a ironias e afirma que adversária é ‘poetisa’”, veiculada na edição de hoje do jornal O Estado de S.Paulo. As ironias do ministro – reconhecidas no próprio título pelo jornal – são facilmente desqualificadas pela verdade dos fatos:
1. Marina de fato gosta de poesia e admira os poetas. Mas ela não é poetisa. Sua trajetória está assentada em sólida carreira política. Persistência e determinação são suas marcas: foi alfabetizada aos 16 anos, tornou-se professora, depois vereadora, deputada, senadora e ministra do Meio Ambiente. Com tranquilidade e firmeza, sob seu comando, no ministério, o desmatamento da Amazônia foi reduzido em 57% em três anos, licenças ambientais concedidas saltaram de 118, em 2003, para 367, em 2007; em cinco anos, aumentou em 50% o total de área das unidades de conservação criadas – nos seu período foram 24 milhões de hectares. Para tanto, soube compor equipe eficiente e profissionalizada e, com reforma administrativa e concurso público realizado, deixou no órgão, quando saiu, staff qualificado. Essa reestruturação administrativa permitiu também a criação do Instituto Chico Mendes de conservação da biodiversidade e o serviço florestal brasileiro;
2. Marina não é “fonte de contradição”, como diz Carvalho: ao contrário, pauta-se pela coerência. Crê ser possível fazer nova política com as pessoas boas e os indivíduos capazes de todos os partidos. Não se trata de governar sem partidos, como maldosamente o PT insinua, mas de não governar com apadrinhados, recrutados pela lógica do toma lá dá cá, no jogo das indicações políticas anti-republicanas. No discurso da ética, falta autoridade ao PT, uma vez que a opção da presidente Dilma Rousseff é a aliança com os Sarneys e os Collors da política;
3. O Itaú não está na campanha de Marina. Não há nenhum representante da instituição financeira ao lado da candidata. Maria Alice Setúbal é socióloga e doutora em psicologia da educação e, nessa qualidade, coordena o programa de governo da campanha, ao lado de Maurício Rands. Curiosamente, o PT deixa de reconhecer ser o maior beneficiado por doações dos bancos, com R$ 9,5 milhões declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto que o PSB recebeu R$ 4,5 milhões.
Ao contrário das práticas petistas, a campanha da Coligação Unidos pelo Brasil é propositiva. Não usa a difamação como arma para a conquista dos eleitores. Marina Silva vai continuar a fazer uma campanha limpa. Nossos princípios programáticos você encontra em: http://marinasilva.org.br/introdução/
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