O Parque Nacional do Catimbau, no Sertão pernambucano, é o segundo maior parque arqueológico do Brasil (ficando atrás apenas da Serra da Capivara, no Piauí), e o terceiro sítio arqueológico indígena do país. Apesar dessa vasta riqueza histórica, cultural e natural, o parque enfrenta problemas relacionados à desapropriação da área e a gestão do local, o que significa um entrave para a realização de ações que visem transformar a região em um polo de ecoturismo no Estado.
Ciente de que o problema deve ser resolvido com urgência, já que na Copa do Mundo de 2014 o parque poderia ser um dos grandes atrativos de Pernambuco, o deputado Júlio Cavalcanti afirmou, em pronunciamento realizado na Assembleia Legislativa do Estado nesta quarta-feira (5), que solicitará ao presidente da comissão de Meio Ambiente da Alepe, deputado José Humberto, a realização de uma audiência pública sobre o parque. A audiência deve contar com a participação de representantes do Instituto Chico Mendes, da Secretaria de Meio Ambiente, da Secretaria de Turismo do Estado e sociedade civil organizada.
“Devido aos problemas relacionados com as desapropriações, até o momento não foi elaborado nenhum plano de manejo do parque, bem como não foi implantado o seu conselho gestor”, disse o deputado.
Ele também afirmou que desde o início do mandato “tenho me preocupado com a situação do Parque Nacional do Catimbau. Visitamos o secretário de Turismo, Alberto Feitosa, junto com deputados que compõem a comissão de Esportes e Lazer da Assembleia e, na ocasião, falei sobre a situação que se encontrava o Parque Nacional do Catimbau. Sabemos que são questões relacionadas ao âmbito Federal, porém, não podemos ficar de braços cruzados vendo a degradação do parque.”
HISTÓRICO – O Parque Nacional do Catimbau foi criado por decreto federal em 13 de dezembro de 2002, com uma área de aproximadamente 62.000 mil hectares, e está situado nos municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga, no Sertão do Estado.
O objetivo da criação do Parque do Catimbau foi a preservação de ecossistemas naturais, o que hoje possibilita a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e o turismo ecológico.
Na região já são conhecidas mais de 150 espécies de aves e mais de quarenta espécies de morcegos. Além dessa riqueza da fauna e da flora, existem grandes atrações no Parque Nacional do Catimbau, como os paredões de arenito e as formações rochosas esculpidas pela ação erosiva do vento.
Um dos grandes tesouros do parque são os inúmeros sítios arqueológicos, onde podem ser encontradas as pinturas e gravuras rupestres, principalmente, nos abrigos rochosos das serras.
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