Estudo sobre a realidade dos serviços de esgotamento sanitário no País, divulgado pela Agência Nacional das Águas (ANA), motivou discurso do deputado José Humberto Cavalcanti (PTB) na Reunião Plenária desta terça (26). O parlamentar mostrou-se preocupado com “a situação alarmante” do Brasil, destacando que, segundo o levantamento, o esgoto produzido por 45% da população não passa por qualquer tipo de tratamento.
A pesquisa pontuou, ainda, que mesmo nos municípios que apresentam alguma iniciativa de tratamento de esgoto, o trabalho é feito de forma inadequada. “Apenas 14% das cidades brasileiras têm índices de remoção de carga orgânica da água superior a 60% e a maior parte delas está na Região Sudeste”, esclareceu. O parlamentar ressaltou que o Nordeste, região com os menores índices pluviométricos do País, é especialmente afetado pela falta de tratamento.
Cavalcanti sugeriu que a Frente Parlamentar de Perenização do Rio Capibaribe e a Comissão de Meio Ambiente promovam, conjuntamente, um debate mais aprofundado sobre o tema. “O saneamento básico é o elo mais forte da cadeia de agressão ao meio ambiente. A falta de tratamento sanitário reduz a oferta de água potável para a sociedade, afetando diretamente a saúde e a qualidade de vida da população, especialmente a de menor renda”, observou.
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