Gravatá hoje deu um passo importante no combate à criminalidade. O município tornou-se pioneiro no Programa Cidade Pacífica, que tem como principal objetivo promover a integração entre os órgãos públicos e a sociedade civil em prol da segurança pública.
“A criminalidade é o principal assunto negativo do nosso país nos últimos tempos e se estuda o combate a esse crime e muitas vezes esquecemos de combater em sua origem, com a educação. Gravatá está comprometida com este projeto e acredito que os resultados positivos virão muito em breve.” Afirmou Dr Luiz Sávio, Promotor de Justiça e Coordenador do CAOP Criminal do MPPE.
O projeto busca ampliar a atuação do Ministério Público em suas ações extrajudiciais, tendo como consequência a diminuição das ações judiciais através do diálogo entre membros e gestores municipais, desenvolvendo assim o exercício da cidadania e envolvendo a sociedade no combate à criminalidade e na promoção da segurança pública.
“Faltava um engajamento maior da sociedade no combate à violência. O cidadão, que é o mais prejudicado com a insegurança, deve participar das atividades e debater problemas e buscar soluções junto com os órgãos públicos. Esse projeto chama o cidadão para participar.” Destacou o Procurador Geral de Justiça do MPPE, Dr. Francisco Dirceu Barros.
O prefeito Joaquim Neto assinou o convênio de cooperação e montará nos próximos 15 dias a equipe que irá desenvolver atividades e receber treinamentos. A comissão que irá atuar no projeto terá a missão de elaborar e executar as ações do projeto a fim de diluir a violência, acabar com a criminalidade e promover a sensação de segurança no município.
” A segurança pública é uma das nossas grandes preocupações. Apesar de ser dever do estado, enquanto município sempre estamos buscando esforços para reduzir os índices de violência. A insegurança é um problema que nós vamos enfrentar com dedicação para que Gravatá seja modelo em Pernambuco e no país.” Disse o prefeito.
Durante a apresentação do programa, foram expostos os cinco eixos obrigatórios que os municípios devem seguir, são eles:
– Guarda Municipal Pacificadora – oferecer estrutura para facilitar o contato direto da Guarda Municipal com a polícia; Capacitar os agentes, e promover patrulhas escolares em suplementação às atividades da PM
-Segurança nos Estabelecimentos comerciais/bancários – Criar norma de segurança municipal, com instalação de câmeras de vigilância, segurança particular nas agências bancárias, detector de metais, etc.
Esporte Pacificador / Cultura / Lazer – A Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar devem buscar parcerias com academias, clubes e escolinhas de esportes para oferecer atividades extracurriculares aos alunos, bem como elaborar projetos que estimulem a prática esportiva das crianças e adolescentes em áreas de vulnerabilidade social.
Mesa Municipal e Segurança – Criar uma rede de ações com representantes dos principais órgãos de segurança e política da cidade (Prefeitura, Câmara, PM, PC, PRF, MPPE, OAB, ONG’s e a comunidade civil) que irão debater periodicamente o enfrentamento e projetos de combate aos crimes
Proteção Integrada / Pacificando Escolas – Realizar trabalho de prevenção e fiscalização nos ambientes escolares internos e nos entornos das escolas das redes municipal, estadual e privada.
Cada município deve cumprir com os cinco eixos obrigatórios mais dois opcionais, para elaborar o plano de segurança e desenvolver as atividades. Em Gravatá será diferente, o prefeito já assegurou que a comissão irá desenvolver os nove eixos propostos pelo MPPE e ainda implementou o Programa Cidade Pacífica.
A cada dois meses será divulgado no site do MPPE o ranking das 50 cidades mais pacíficas de Pernambuco e após seis meses de projeto, os técnicos voltarão a Gravatá para avaliar os dados e fazer um levantamento dos dados, gráficos e resultados do Programa.
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