Como esperado, o prefeito João da Costa saiu vitorioso na prévia do PT para definir o candidato do partido à prefeitura do Recife.
Diferentemente do que se comentava, que haveria uma ‘goleada’, foi uma eleição bastante acirrada, fruto da impugnação de 12 mil eleitores ligados ao prefeito através de cargos comissionados e orçamento participativo.
O processo de prévias do PT, por mais contraditório que seja, simplesmente contribuiu para o prefeito que estava levando bombardeio da oposição e de setores da Frente Popular.
As críticas relacionadas ao prefeito e à gestão ficaram para segundo plano nesses quase dois meses de disputa. Enquanto isso a oposição ficou muda e imóvel, em vez de traçar uma estratégia visando as eleições.
A candidatura do senador Armando Monteiro a prefeito do Recife diante da vitória de João da Costa tende a ser confirmada. Haja vista que o senador esticou a corda demais, e anunciar o apoio formal ao prefeito a essa altura do campeonato é um verdadeiro tiro no pé.
O senador Armando Monteiro ficou sem outra alternativa a não ser a de ser candidato a prefeito do Recife representando o grupo alternativo contrário ao prefeito.
No campo da oposição, diante da inércia dela, fica cada vez mais claro que ela só tem chances se lançar dois candidatos, no máximo, que sejam leves para terem potencial de crescimento, e eles são o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) e o deputado federal Raul Henry (PMDB).
Qualquer candidatura além dessas duas tende a desidratar e repetir o caso Cadoca em 2008. Afinal, a oposição não conta com nenhuma máquina e as dificuldades para levar adiante três ou quatro candidaturas serão muito grandes.
O pleito volta a estaca-zero, onde são favoritos os candidatos governistas João da Costa e Armando Monteiro, e os oposicionistas Raul Henry e Daniel Coelho que correm por fora apostando no imponderável para vencer a eleição.
Deixe um comentário