Desde 2017 as companhias aéreas estão autorizadas a cobrar pelas malas despachadas, sendo gratuito apenas o transporte de bagagens de mão até 10 quilos. Na época, as empresas alegavam que a cobrança permitiria baratear as passagens.
Por duas vezes, a Câmara e o Senado deliberaram sobre o tema, no sentido de permitir a volta da franquia de bagagem, possibilitando que o passageiro viajasse, sem cobrança adicional, uma mala de até 23 kg nas aeronaves acima de 31 assentos. Mas a mudança não ocorreu em razão de veto presidencial, sob a alegação de que a volta da franquia mínima de bagagem poderia afastar novas empresas aéreas de investirem no país.
O deputado federal Guilherme Uchoa Jr discutiu nesta terça-feira (30) junto Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados o incidente envolvendo a Gol e a passageira Samantha Vitena Barbosa no aeroporto de Salvador (BA). Samantha, que ia para São Paulo, recusou-se a despachar a mochila com um notebook. Mesmo depois de ter acomodado a bagagem com a ajuda de outros passageiros, o comandante acionou a Polícia Federal para retirar Samantha do avião.
Segundo o deputado a cobrança pelo despacho pode acarretar uma série de consequências, como: a desvalorização do serviço, impacto na economia do passageiro, desestímulo ao setor de turismo, inconveniência e estresse, prejuízo para a imagem das companhias aéreas.
“Os passageiros sentem-se enganados e explorados por terem que pagar por um serviço que antes era gratuito. Essa prática contribui para a percepção de que as companhias aéreas estão mais preocupadas com seus lucros do que com a satisfação dos clientes”, concluiu o deputado ao sair da audiência.
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