Depois de uma campanha eleitoral marcada pela rachadura do Partido Liberal (PL) de Pernambuco, as diferenças entre Gilson Machado Neto (foi candidato à Prefeitura do Recife) e André Ferreira (deputado federal) não terminaram após as eleições.
Passada a corrida eleitoral, agora, os dois apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro estão na disputa pela liderança da direita em Pernambuco. Ontem (07), o ex-ministro do Turismo voltou a atacar o deputado federal. Isso porque, em entrevista a um blog local, André Ferreira chegou a chamar Gilson e “patético”. Com isso, Machado respondeu às críticas.
“É no mínimo estranho e contraditório ver a postura bipolar de André Ferreira. Em várias entrevistas anteriores, ele me elogiou e me colocou como um dos majoritários do nosso partido. Agora, decide se referir a mim de maneira ofensiva, tosca parecida com o seu próprio biótipo”, disparou Gilson Machado.
Durante a campanha, uma das principais reclamações de Gilson foi a falta de apoio financeiro do PL à sua candidatura e também do seu filho, que acabou eleito vereador com 16.095 votos.
“Ao invés de gastar tempo atacando a mim ou ao meu filho, Gilson Filho, que se elegeu o vereador mais votado da história do PL, mesmo sem ter recebido um só centavo do partido, André deveria focar mais no próprio desempenho e na postura política, já que muitos começam a compará-lo à Joice Hasselmann – a ex-deputada de São Paulo que traiu pautas do presidente Bolsonaro e, após surfar na onda bolsonarista, não conseguiu sequer o mandato de vereadora em 2024”, falou o ex-ministro.
Gilson Machado também criticou a postura de André Ferreira sobre a sua ida aos Estados Unidos para se encontra com Trump. “É lamentável um deputado federal do próprio partido vir com esse tipo de discurso num momento no qual deveria ter orgulho de ter um correligionário seu sendo recebido na casa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e também ao lado do filho do ex-presidente Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL). O que deveria ser orgulho, gratidão e união, transforma-se em uma clara demonstração de inveja”, apontou.
Por fim, visando às eleições de 2026, Machado acredita que é necessário fortalecer a base da direita e não rachar. “Ao invés de fazer ataques vazios e tentar ganhar relevância com críticas a quem sempre trabalhou com coerência e entrega, André Ferreira deveria respeitar o trabalho de quem realmente contribui para o fortalecimento da base de apoio ao presidente Bolsonaro em 2026.
Porém, ele, usa a imagem de Bolsonaro conforme lhe convém e não se incomoda em subir em palanques ao lado de apoiadores de Lula, como foi visto recentemente em Sairé e Gravatá. Essa postura dúbia e de conveniência política não tem mais espaço junto aos conservadores esclarecidos”, finalizou Gilson.
Do JC.
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