O vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição do Governo Lula, Geraldo Alckmin, recebeu o presidente do Fórum Nacional dos Secretários de Estado de Trabalho (Fonset), o secretário pernambucano Alberes Lopes, em Brasília, para ouvir sugestões sobre políticas de emprego e geração de renda com bases regionais. O Fonset defende que as políticas públicas para o trabalho na próxima gestão, a partir de 2023, sejam mais regionalizadas. Além de Alberes, titular da pasta do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, participaram do encontro também o secretário do Trabalho da Bahia e do Distrito Federal, respectivamente Davidson Magalhães e Thales Mendes.
“O Fonset nunca esteve tão próximo do Governo Federal. Isso é importante porque o Governo Lula nem começou, mas a gente já está interagindo, estamos levando as necessidades dos trabalhadores e empreendedores para a equipe de transição, o que está acontecendo nos Estados, no Brasil todo. Estamos falando sobre a importância de investir nas potencialidades regionais, como fizemos com o café especial de Triunfo (município do Sertão do Pajeú), e com o Valorizando a Pele, que apoiou as mulheres na produção de peças artesanais com couro de cabra, tilápia e boi”, disse Alberes.
O presidente do Fonset entregou um documento a Alckmin que mostra um diagnóstico do atual contexto do trabalho no tocante às vocações e potencialidades, e também aborda sobre políticas de qualificação profissional, empreendedorismo e sustentabilidade. O material, feito por doutores e especialistas, já havia sido elogiado pela equipe de transição.
O relatório mostra que o setor terciário (de serviços) tem sido o protagonista em treze das 27 unidades da federação, seguido do setor primário (agropecuária), com seis menções, e restando o setor secundário (indústria) em último lugar, com três menções de destaque. Apesar disso, os gestores desejam que o setor secundário seja mais explorado pelo Governo Lula. “Treze Estados responderam que desejam explorar mais o setor secundário (indústria)”, destacou Alberes. “Seis cogitaram mais esforços na ampliação dos setor terciário e quatro UFs em potencializar o setor primário”, observou.
Na reunião, foi conversado também sobre o sucateamento das Agências do Trabalho, que praticamente deixaram de receber recursos federais ainda no Governo de Michel Temer, e sobre a importância da Carteira do Trabalho em papel, uma vez que o modelo digital é importante, porém tem excluído as pessoas mais vulneráveis. “Assim que o ministro do Trabalho for nomeado, marcaremos um novo encontro para apresentar o documento”, acrescentou o pernambucano.
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