Foi com a presença de representantes do Ministério da Educação, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e com colaboradores da Fundação Joaquim Nabuco que o presidente da Fundaj, Antônio Campos, inaugurou a exposição Tempo de Nabuco, dando início ao Domingo na Fundaj. O evento comemorativo aos 170 anos do abolicionista recebeu, durante a manhã e tarde deste domingo (8), na Fundação Joaquim Nabuco do Derby, adultos e crianças de todas as idades. Neste ano há ainda duas edições do Domingo na Fundaj, em outubro, mês da crianças, e em dezembro.
Tempo de Nabuco segue em exposição até 29 deste mês. “Nabuco foi um homem além de seu tempo. Diplomata, político e parlamentar que deixou um legado: o abolicionismo”, destacou o presidente Antônio Campos, acrescentando que a importância da educação para a desconstrução dos efeitos causados pela escravidão. “O novo nome da abolição é a Educação. Acredito em um futuro transformado pela Educação. Por isso, continuaremos sempre investindo nela, como um dos pilares do desenvolvimento. Hoje a Fundação está em festa, recebendo crianças para conhecer a história de Joaquim Nabuco no Domingo na Fundaj”, continuou.
A exposição é uma reedição da mostra montada na Assembleia Legislativa de Pernambuco, desenvolvida pela Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira. “Agora veio ampliada, com novos painéis e novos documentos. Tempo de Nabuco é um resumo da grandeza dele”, explicou a coordenadora de Documentação e Pesquisa da Fundaj, Betty Lacerda.
A diretora de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio À Pessoa Com Deficiência do MEC, Nídia Regina Limeira de Sá, ficou encantada com o evento e disse estar satisfeita em conhecer os projetos de acessibilidade Alumiar e Índigo, do Cinema da Fundação. “É muito importante o trabalho feito aqui, com qualidade. Agora a expectativa são os projetos futuros, como o próprio Antônios Campos discursou durante a abertura da exposição”.
Do lado de fora da Fundação, frevo, maracatu e uma orquestra recepcionava quem estava chegando. A pequena Helena Primo, 4 anos, chegou cedo no evento para garantir que não perderia um só segundo de diversão. Ela assistiu primeiro a contação de histórias sobre Nabuco, com apresentação artística do ator Adriano Cabral e do músico João Natureza, na sala de leitura Nilo Pereira. “Eu adorei. Depois fui para a oficina de vitrais”, contou a garota, que em seguida correu para a praça de alimentação para comer pipoca e algodão doce.
“Sempre frequento o Cinema da Fundação e venho com Helena para cá. Hoje foi a primeira oportunidade que tive de trazê-la para o evento do domingo [Domingo da Fundaj], e estamos adorando, pois além do espaço ser bem amplo, o conteúdo é muito bom”, disse Hilton Modesto, pai de Helena.
No começo da tarde, a programação começou com as sessões de cinema acessível dos projetos Alumiar e Índigo, com a exibição do filme Auto da Compadecida. “Estamos preocupados em garantir os direitos da pessoa com deficiência. Tenho lutado para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Nós somos surdos e é um momento para pensarmos na acessibilidade adequadamente e apoiar o desenvolvimento desse projeto (Alumiar), e que o mesmo seja pensado de acordo com o que as pessoas precisam, sejam elas surdas, cegas ou com deficiência intelectual”, afirmou Priscila Gaspar, Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que estava presente na sessão e tem deficiência auditiva.
A sala do cinema ficou lotada de pessoas com deficiências física e intelectual. “Somos o primeiro projeto do Brasil a apresentar, de 15 em 15 dias, sessões totalmente acessíveis e estamos sempre aprimorando com as críticas construtivas do público”, afirmou a coordenadora do Cinema da Fundação, Ana Farache.
Na área externa do campus do Derby, crianças e adolescentes da Escola de Frevo Fernando Borges, da Orquestra Mirim Galo da Madrugada, do Maracatu Cruzeiro do Forte e da Orquestra Sinfônica de Paulista abrilhantaram ainda mais o evento. “Eu comecei a dançar em casa com 3 anos, assistindo a dança na televisão. Aí, em 2014, entrei na Escola de Frevo. É muito legal me apresentar porque estou sempre conhecendo lugares novos e tendo a felicidade de levar o frevo para as pessoas”, afirmou o passista de 14 anos, Shermison Henrique.
Durante toda a tarde, no pátio externo, aconteceram as oficinas de Bonecas Abayomi, Twister e a Contação de Histórias, na Sala de Leitura. “É a primeira vez que faço uma boneca dessa. Eu gostei muito e coloquei o nome da minha de Laura”, afirmou a pequena Laís de 5 anos, que participou da oficina das Bonecas. Já Fernanda brincou no Twister, “Eu gostei muito de brincar no Twister, mas perdi na hora que toquei meu bumbum no chão (risos)”, pontuou. Os pais acompanharam as crianças e se divertiram junto. “A gente sempre vem aqui. Na edição de janeiro viemos, e hoje viemos mais uma vez para curtir juntos essa programação tão legal”, afirmou Joel Ferreira, pai de Fernanda.
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