Por Adriano Roberto
Estive lá, o tempo todo e transmitimos ao vivo (quando a internet deixou) pela Agência PE de Rádio, o 3º encontro “das oposições”, que agora quer virar “uma oposição só”. Sim, eles chegaram a conclusão que têm que lançar um só candidato ao Governo do Estado de Pernambuco. Mas o impasse entre tantos egos ainda continua na formação das chapas proporcionais. A preocupação dos candidatos a deputados estaduais e federais é visivel e alguns não calam esse incontentamento.
Durante os discursos para os militantes, que lotaram a Arena Caruaru (parabéns ao meu amigo Ivan Feitosa pela estrutura do local), o mesmo de sempre: toda destilação de impropérios lançados contra o atual governo e nenhum projeto, da frente de oposição, para os problemas graves que o atual governo apresenta a olho nu para a população.
Mas foi nos bastidores que deu para sentir o verdadeiro pensamento de toda a situação deste palanque oposicionista que está aí. Primeiro o pensamento dos que se sentem incomodados com o tempo para decisão de um candidato, esses colocam que não há tempo hábil para se ajeitar se demorar até as convenções em junho para o anúncio. Eles querem que se anuncie já na próxima reunião que está marcada para acontecer em Ipojuca.
A pergunta que não quer calar, quem será esse nome? Ao dizer que vai caminhar para o candidato único a oposição praticamente firma um compromisso com as pesquisas eleitorais. Não seria racional as pesquisas apontarem um candidato em primeiro lugar e eles escolherem o segundo ou terceiro colocado. Ocorre que a escolha dos principais caciques do grupo, leia-se: Armando, Fernando, Mendonça passa por acontecimentos no plano nacional.
Esse otimismo eu senti em todos os protagonistas do palanque. Senti que há uma unanimidade de otimismo relacionado ao sucesso das intervenções do presidente Temer em relação as eleições vindouras. Isso daria margem para acomodação destes caciques na esfera federal. Muitos comentaram que mesmo se Temer não conseguir a reeleição conseguirá eleger alguém da base governista acomodando os pernambucanos que lá estão e alguns mais que entrariam.
Mas esse otimismo não tira a realidade do quadro de candidatos a candidatos que estão sendo apresentados. Armando, pesado e iludido com a derrota relacionada a morte de Eduardo Campos. Comete um erro primordial de um candidato de achar que a eleição que perdeu tem que ser consertada com a eleição seguinte e esquece da máxima da política de que não existe eleição igual a outra. Ainda mais quando aquele técnico simplesmente desconhecido da eleição passada agora é o governador, ligado nas movimentações politicas e com a caneta na mão.
Fernando Bezerra vem de uma realidade só, a falta votos além do seu reduto no Sertão. As pesquisas são madrastas do senador que não consegue decolar. Além disso, Bezerra Coelho faz um pré-campanha de olho na gaveta do ministro do Supremo, Lewandowski. Mendonça só tenho a comentar que como executivo ele só surpreendeu no Ministério da Educação e é um legislativo que representa muito bem o Estado de Pernambuco.
Quanto a Bruno Araújo ele tem que tomar tento ao caminho da maçaranduba do tempo. Com a subida de Daniel Coelho ao palanque, o presidente do PSDB corre o risco de nem ser eleito. Daniel protagonizou o discurso socialista e roubou a cena do chefe do partido. Tá difícil consolidar uma candidatura só sem deixar várias arestas pelo caminho. A não ser que se crie um fato novo, um nome sem máculas e com força para mostrar a nova cara da política no Estado.
Aí eu remeto o meu pensamento a uma candidata só: Raquel Lyra. Tem discurso oposicionista com responsabilidade. Apontando onde o atual governo pisa na bola, não só com a população de Caruaru, mas de vários municípios. Aponta os defeitos sem ódios. Recebe, como anfitriã o governador quando vem trazer benefícios para a população de sua cidade, mas não deixa de cobrar incisivamente o descaso do governo com Caruaru. Tem cacife, talento, tino político e todos os requisitos para se tornar “o novo” que o povo tanto deseja nestas eleições.
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