O deputado federal Fernando Monteiro apresentou pessoalmente, ao ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, um projeto para recuperação e reabilitação da infraestrutura comum dos perímetros de irrigação da Bacia do São Francisco. O parlamentar vem agindo no sentido de mobilizar o Governo Federal para o drama com o qual convivem as mais de 35 mil famílias do Sistema Itaparica.
O projeto que Fernando Monteiro levou ao ministro Waldez prevê um investimento de R$ 300 milhões e objetiva a sustentabilidade econômica e ambiental do sistema de irrigação que abriga 10 perímetros em Pernambuco e na Bahia. As ações envolvem melhorias no estado de conservação dos perímetros com vistas ao aumento da produção e, ao mesmo tempo, à redução do consumo de água e de energia.
Conforme defende o parlamentar, os benefícios vão desde a revitalização do rio São Francisco, até a geração de emprego e renda. Em números, a estimativa é de que a reabilitação dos projetos reduziria 38% do consumo total de água, resultando numa economia de cerca de 68 milhões de metros cúbicos por ano. Além disso, o consumo de energia poderia ser reduzido em 25 milhões de kWh por ano, o que representa uma economia anual de R$ 11 milhões.
Quanto à produtividade, segundo o projeto, a revitalização dos perímetros irrigados poderia aumentar em 70% o volume produzido, passando de 340 mil para 580 mil toneladas por ano. “O aumento da produtividade e da renda dos produtores vai gerar novos empregos e inclusão social dos assentados”, frisa o deputado. “São investimentos que culminam na sustentabilidade econômica e ambiental dos sistemas de irrigação”, completa Fernando Monteiro.
O ministro Waldez Góes, mais uma vez, demonstrou sensibilidade ao drama enfrentado pelos assentados e pelos perímetros irrigados. Assim como em outros encontros com o deputado Fernando Monteiro, ele se mostrou receptivo e entusiasmado com o projeto apresentado.
COMO? – Uma das principais medidas para a reabilitação da infraestrutura dos perímetros irrigados é a alteração dos sistemas de irrigação de aspersão convencional para gotejamento ou micro aspersão. Atualmente, cerca de 25% da área total dos perímetros é irrigada por aspersão convencional. Esse tipo de irrigação consome mais que o dobro de água. Também estão previstas a reabilitação de canais, adutoras e bombas.
Outra ação é a instalação de hidrômetros, já que nenhum dos 4.375 lotes dos perímetros possuem controle do volume consumido, o que contribui para o elevado desperdício de água e, por consequência, com gastos exagerados com energia elétrica.
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