O presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, ressaltou na última terça-feira (19), em entrevista ao programa Folha Política, na Rádio Folha 96,7 FM, que a convergência política é essencial para que o País supere as crises da Saúde e da Economia geradas pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
“É difícil fazer um planejamento mas acho que uma vez que a gente construa convergência entre o governo central e governos estaduais, que dialoguem com municípios, a gente tende a encontrar o caminho. Ou a verdade está com todos os atores ou não está com nenhum dos atores. Temos que encontrar um espaço de convergência e construir a nossa saída”, destacou Eduardo, aos apresentadores Jota Batista, Renata Bezerra de Melo e Neneo de Carvalho.
Para o presidente do Grupo EQM, a “desarrumação política que o Brasil vive” é um desafio a mais no cenário tomado pela pandemia. Ele frisou que, apesar do debate político vigente em que saúde e economia são colocados como concorrentes, não há como dissociar as duas áreas. “Se estabelece uma briga da vida contra o interesse econômico, quando na verdade todas essas coisas dizem respeito à vida humana, e se dizem respeito à vida humana, dizem respeito a tudo, inclusive a economia. Não existe economia sem vida humana, sem saúde, sem o funcionamento normal das coisas”, explicou.
Eduardo Monteiro também falou sobre a reunião entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os governadores, que deve ocorrer nesta quinta-feira (21). Ele espera que o encontro propicie, pelo menos, o mínimo de entendimento entre as esferas federal e estadual. “Têm que ser guardadas as armas. Deixar a discussão política para o palanque lá na frente. Nessa hora o que precisamos é criar um espaço de racionalidade. O Brasil é um país continental, a situação do Rio Grande do Sul é diferente de Pernambuco, a do Mato Grosso é diferente do Rio de Janeiro. Temos que entender que não existe solução pasteurizada uniforme para a realidade nacional”, avaliou.
O empresário desejou pronta recuperação ao governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), diagnosticado com Covid-19, na última segunda-feira (18) e frisou que a situação de governantes como Paulo, de ter que comandar o estado em uma situação como a atual não é fácil nem simples. “É uma situação de muita responsabilidade”, pontuou.
Recuperação
Assim como o governador, Eduardo Monteiro também foi diagnosticado com o coronavírus. Atualmente, está no décimo quinto dia da doença, em isolamento no seu apartamento no Recife. Febre, moleza no corpo e dor nas costas foram alguns dos sintomas que manifestados por ele. “Tenho 62 anos e poucas vezes na minha vida vivi uma situação tão dura em termos de saúde. No quarto ou quinto dia é quando a doença se revela de maneira mais forte e tem uma janela entre o oitavo e o décimo dia que vai determinar se você fica em casa e vai atravessar bem, ou vai ter insuficiência pulmonar e vai para uma via de internação, onde estão os piores indicadores de letalidade”, explicou Eduardo, destacando que já está na fase final de recuperação, apesar de ainda precisar recuperar plenamente a saúde de antes da doença.
“Devo dizer que não é uma gripezinha é uma coisa de grande peso, quando chega mexe com o organismo. Dependendo da condição em que se contra o paciente, se tem comorbidade sobrepeso, pressão alta, problema cardíaco, que não é o meu caso, pode ser ainda mais grave. De qualquer modo, é uma doença que requer acompanhamento, é algo muito sério, com grande efeito na vida humana, que vemos nessas estatísticas trágicas”, acrescentou o presidente do Grupo EQM. Em seu tratamento, Eduardo utilizou os medicamentos azitromicina e hidroxicloroquina. “Devo fazer novos exames a partir da quinta-feira para de fato saber se estou imune e livre do vírus”, disse.
Folha de Pernambuco
Eduardo Monteiro adiantou ainda que o jornal impresso da Folha de Pernambuco retomará a circulação normal no momento em que a rotina atual da pandemia seja superada e ressaltou a renovação digital que a empresa vai passar, com um novo portal no final do mês de maio.
“Nós não vamos desistir do jornal impresso. Estamos entregando assinaturas dos assinantes e vamos continuar. A Folha tem se renovado, tem se afirmado e posso dizer que, tão logo essas coisas passem, a Folha vai voltar a estar nas ruas, nas bancas, estamos muito orgulhosos do desempenho da Folha. Estamos fazendo uma reforma da nossa sede para voltar, com a cintura mais fina, mas com essa força que a Folha tem, considero que a maior marca dela é a força do trabalho, a capacidade de se reinventar”, disse.
“Vamos apostar na mídia digital, estaremos no final de maio lançando nosso novo portal, nova plataforma digital, com muito mais possibilidades e vamos continuar apostando no jornal impresso para estar na casa daqueles que guardam esse hábito. Quero homenagear a briosa, guerreira e heróica equipe da Folha de Pernambuco”, finalizou Eduardo Monteiro.
Confira o áudio da entrevista clicando aqui.
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